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Não vai vingar esse projeto de lei contra fake news, afirma Bolsonaro

Senado aprovou nesta terça-feira a chamada Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet

Jair Bolsonaro: "Acho que na Câmara vai ser difícil aprovar... Agora, se for, cabe a nós ainda a possibilidade de veto, tá ok?" (Andressa Anholete/Getty Images)

Jair Bolsonaro: "Acho que na Câmara vai ser difícil aprovar... Agora, se for, cabe a nós ainda a possibilidade de veto, tá ok?" (Andressa Anholete/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de julho de 2020 às 12h08.

Última atualização em 1 de julho de 2020 às 12h28.

O presidente Jair Bolsonaro disse a apoiadores, na manhã desta quarta-feira, dia 1º, que o projeto de lei 2630/2020, conhecido como PL das fake news, "não vai vingar". Caso a Câmara dos Deputados confirme a aprovação que ocorreu ontem no Senado, Bolsonaro cogita vetar o texto.

"Acho que na Câmara vai ser difícil aprovar... Agora, se for, cabe a nós ainda a possibilidade de veto, tá ok? Acho que não vai vingar esse projeto, não", disse Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada, pela manhã.

O projeto tenta alterar a lei e implantar um marco inédito na regulamentação do uso das redes sociais, criando a chamada Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet. O tema ganhou relevância nas eleições de 2018 e foi pautado pelo Senado neste ano de disputas municipais. Companhias do setor, porém, apontam risco de censura à livre manifestação do pensamento com a mudança na legislação.

Segundo Bolsonaro, ele conversou na terça-feira com um senador que participou da votação da PL das fake news. De acordo com o presidente, o parlamentar contou que se equivocou ao votar favoravelmente à medida e acredita que isso ocorreu com outros congressistas.

"Foi aprovado o projeto ontem, uma diferença pequena de votos. Eu falei com um senador que votou favorável, ele falou que como era virtual ele se equivocou, assim deve ter acontecido com outros", relatou o presidente. O texto-base teve 44 votos favoráveis e 32 contrários após um "vai e vem" de versões e uma série de polêmicas em torno da proposta.

Ao final da conversa, o presidente disse que "tem que ter liberdade". "Ninguém mais do que eu é criticado na internet. Nunca reclamei. E, no meu Facebook, quando o cara faz baixaria eu bloqueio. É um direito meu", reagiu Bolsonaro.

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