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"Não sou homem de correr de briga", diz Lula sobre tiros em ônibus

Quem disparou contra a caravana petista ainda não foi identificado; Polícia do Paraná informou que investiga o caso

Lula: "Isso vai motivar a gente a fazer muito mais coisa, porque nós não podemos permitir que depois do nazismo e do fascismo a gente permita grupos de fanáticos nesse país" (Diego Vara/Reuters)

Lula: "Isso vai motivar a gente a fazer muito mais coisa, porque nós não podemos permitir que depois do nazismo e do fascismo a gente permita grupos de fanáticos nesse país" (Diego Vara/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de março de 2018 às 15h54.

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em seu Face que "não é homem de correr da briga" e que os tiros disparados contra sua caravana não o intimidam. Nesta terça-feira, 27, atiradores alvejaram dois dos três ônibus do comboio do petista na estrada entre Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, no interior do Paraná. Ninguém ficou ferido.

"O que estamos vendo agora não é política. Porque se quisessem derrotar o PT seria muito fácil. Lança candidato, vão para a urna, quem ganhar toma posse e quem perder vai chorar, como eu chorei quando perdi as eleições em 89, 94 e 98", declarou Lula em vídeo no seu Facebook.

Quem disparou contra a caravana petista ainda não foi identificado. A Polícia do Paraná informou que investiga o caso e confirma que um ônibus foi atingido. Este ônibus levava jornalistas de blogs e sites independentes, que fazem a comunicação da caravana, e repórteres estrangeiros.

"Se eles acham que fazendo isso vai nos assustar, não vai", disse o ex-presidente. "Isso vai motivar a gente a fazer muito mais coisa, porque nós não podemos permitir que depois do nazismo e do fascismo a gente permita grupos de fanáticos nesse país."

"É inadmissível, ainda mais atacar um ônibus que tem a imprensa. Se fosse eu até ficariam felizes porque não querem que eu dispute as eleições, mas o que é que a imprensa tem com isso?", perguntou.

Lula lançou um desafio. "Se querem brigar comigo, vamos brigar. Eu gosto da briga, eu não sou um homem de correr da briga. Mas vamos respeitar a democracia nesse país. Democracia pressupõe a convivência na adversidade. Cada um faz a opção que quiser", finalizou o ex-presidente.

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