Simone: a emedebista descartou que lançará candidatura avulsa, sem partido (Pedro França/Wikimedia Commons)
Estadão Conteúdo
Publicado em 1 de fevereiro de 2019 às 12h39.
Última atualização em 1 de fevereiro de 2019 às 12h47.
São Paulo — A senadora Simone Tebet (MDB-MS), que foi derrotada por Renan Calheiros (MDB-AL) na reunião que escolheu, nesta quinta-feira (31) o candidato do partido à presidência do Senado, disse que a votação mostrou um racha dentro da legenda e que isso pode favorecer outros postulantes ao cargo que não o alagoano.
Em entrevista concedida nesta sexta-feira, dia 1º, à Rádio Eldorado, Simone Tebet sinalizou que não irá tentar uma candidatura avulsa.
"Não sou candidata de mim mesma. Já são oito candidaturas — acredito que algumas vão cair e que restarão menos, cinco talvez —, basta nos unir", afirmou.
"Estive em contínua conversa com outros senadores e vai acontecer outra reunião hoje. Tenho simpatia pelos senadores Álvaro Dias, Tasso Jereissati e Esperidião Amin."
Sobre a eleição na Casa, a senadora sul-mato-grossense disse esperar uma sessão tumultuada, uma vez que a oposição a Renan vai pedir a abertura dos votos.
"Essa questão (voto aberto ou fechado) vai significar eleger ou não um presidente do Senado. A votação aberta é fundamental, por isso vai ter questionamento, questão de ordem", disse.
Simone Tebet argumentou que, apesar do entendimento hoje ser de que a votação é fechada, o Plenário é soberano. No fim, disse, irá prevalecer o entendimento da mesa.
"O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), como único remanescente da mesa, deveria presidir a sessão. Mas como ele também é candidato, não sei poderá fazê-lo", comentou.
"Se não for ele, o entendimento é que o comando seja de Valdir Maranhão, que é o senador mais velho e que, provavelmente, não vai querer abrir o Plenário."
A senadora afirmou considerar ter saído vitoriosa da reunião, pois ela teria mostrado que há espaço para mudança dentro do MDB, e que não pretende deixar o partido num primeiro momento.
"Sair agora porque fui derrotada seria oportunismo de minha parte. E por que ir para outra sigla se podemos fazer mudança dentro do partido?", questionou.
"Não tenho interesse em mudar esse ano, até porque é ano de renovação. O MDB escolhe um novo presidente e uma nova Executiva. Estamos trabalhando nesse processo."