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Não se pode criar um judas, diz Dilma sobre Levy

Em entrevista, a presidente falou sobre os escândalos de corrupção na Fifa, na Petrobras


	A presidente Dilma Rousseff: "eu acho injustas (as críticas) porque não é reponsabilidade exclusiva dele”
 (Edgard Garrido/Reuters)

A presidente Dilma Rousseff: "eu acho injustas (as críticas) porque não é reponsabilidade exclusiva dele” (Edgard Garrido/Reuters)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 8 de junho de 2015 às 07h39.

A presidente Dilma Rousseff voltou a defender o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal O Estado de São Paulo. Segundo ela, Levy não pode ser transformado em um “judas” por causa do ajuste fiscal, como têm apontado membros de seu partido.

“Todo mundo aguenta. Eu acho injustas (as críticas) porque não é reponsabilidade exclusiva dele”, argumentou. “É bem típico e uma forma errada de resolver o problema”.

Dilma alegou que a retomada do crescimento econômico começa com o ajuste e passa por outras medidas nas áreas de logística, infraestrutura e agricultura. “No Plano de Logística, tem quatro aeroportos, todos os portos, aeroporto regional”.

Futebol

A presidente, que pedalou com a reportagem do jornal por quase uma hora, também falou sobre a crise na Fifa.

“Se tem problema na CBF, na Fifa, que comece a ser investigado. Quem tiver de ser punido que seja”.

Sobre a Copa do Mundo de 2014, ela afirmou que o Brasil “não é um país qualquer em matéria de futebol” e defendeu a inocência do país. “Não precisamos pagar ninguém para trazer a Copa para cá”.

Petrobras

Quanto ao escândalo de corrupção na Petrobras, Dilma disse acreditar que “viramos uma página” e que a maior estatal brasileira recuperou a capacidade de produzir.

“Não que estivesse comprometida, mas não é fácil produzir pré-sal”, acrescentou. “A Petrobras tem hoje todas as condições, mas, obviamente, o mercado precisa ajudar”.

Terceirização

A presidente também se posicionou sobre o projeto da terceirização e mostrou preocupação com a informalização do mercado de trabalho.

“Eu não sou contra a terceirização. Você tem mais de 12 milhões de trabalhadores terceirizados, que precisam ter seus direitos protegidos”, afirmou.

“Porém, tem de cuidar para não acabar com a diferença entre atividade-meio e atividade-fim, porque aí você ‘pejotiza’ e informaliza o mercado de trabalho”

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