Ciro: "Fernando Haddad e Manuela D'Ávila são queridos amigos, mas eu estou preocupado", disse candidato (Sergio Lima/Bloomberg/Bloomberg)
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de agosto de 2018 às 16h16.
São Paulo - O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, se esquivou na tarde desta sexta-feira, 10, de comentar negociações de bastidores para que ele visite o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde 7 de abril em Curitiba. "Não quero mais falar deste assunto", disse.
Em maio, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou o pedido de visita de Ciro a Lula. O gesto havia sido uma tentativa de aproximação entre os dois.
Porém, o clima nos bastidores entre as campanhas pedetista e petista azedou nas últimas semanas. O PT acertou acordo com o PSB para isolar Ciro Gomes no campo da centro-esquerda.
Em troca da neutralidade em nível nacional e o apoio do PT à chapa de reeleição do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), os pessebistas retiraram a candidatura de Marcio Lacerda ao governo de Minas Gerais.
Desde que foi acertado na semana passada, o acordo pelo isolamento dele foi criticado reiteradas vezes por Ciro Gomes, que também atacou a aliança do PT com o PCdoB.
"Fernando Haddad e Manuela D'Ávila são queridos amigos, mas eu estou preocupado. Isso é um convite à nação para dançar na beira do abismo", disse Ciro na quarta-feira, em evento com investidores organizado pelo banco BTG Pactual.