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Não podemos permitir Coaf fora da Justiça, diz deputado do PSL

Luiz Lima criticou, ainda, as manobras de deputados do Centrão para tirar o Coaf da Justiça

Luiz Lima: "Nos foi colocado na mesa pelo Centrão duas opções: ou Coaf com Moro ou reforma da Previdência. Uma chantagem" (Luis Macedo/Agência Câmara)

Luiz Lima: "Nos foi colocado na mesa pelo Centrão duas opções: ou Coaf com Moro ou reforma da Previdência. Uma chantagem" (Luis Macedo/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de maio de 2019 às 12h00.

Última atualização em 10 de maio de 2019 às 12h01.

São Paulo - O deputado federal Luiz Lima (PSL-RJ), um dos vice-líderes da legenda na Câmara, disse nesta sexta-feira (10), que o partido dele vai "abraçar de vez" a bandeira da manutenção do Conselho de Controle de Atividades Fiscais (Coaf) nas mãos do ministro da Justiça, Sergio Moro.

"Nosso compromisso com Moro está de pé", disse o parlamentar, após painel do movimento RenovaBR, do qual ele faz parte. "A gente não pode permitir de forma nenhuma que o Coaf saia do Ministério da Justiça. Estamos juntos para não compactuar com a politicagem."

Lima criticou, ainda, as manobras de deputados do Centrão para tirar o Coaf da Justiça. "Nos foi colocado na mesa pelo Centrão duas opções: ou Coaf com Moro ou reforma da Previdência. Uma chantagem", disse. "Dá para ter os dois", afirmou.

Derrota

Moro sofreu nesta quinta-feira, 9, nova derrota no Congresso. Em um primeiro movimento, a comissão mista do Congresso que analisa a medida provisória da reforma administrativa tirou o Coaf da pasta da Justiça e o devolveu para o Ministério da Economia.

Embora o discurso do Palácio do Planalto tenha sido o de que a manutenção do Coaf na Justiça era prioritária para o combate à corrupção, na prática o governo não se empenhou para que o colegiado ficasse sob o guarda-chuva de Moro, ex-juiz da Lava Jato. Sem votos no Congresso, o Planalto preferiu fazer acordo com o Centrão - bloco que reúne aproximadamente 250 dos 513 deputados - e também com a oposição, na tentativa de salvar o novo desenho da Esplanada dos Ministérios, previsto na MP 870, enviada pelo presidente Jair Bolsonaro em janeiro.

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