O presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro chegam à cerimônia do 7 de setembro em Brasília (Andressa Anholete/Getty Images)
Carla Aranha
Publicado em 7 de setembro de 2021 às 10h53.
Última atualização em 7 de setembro de 2021 às 10h55.
O feriado do 7 de setembro começou com um discurso do presidente Jair Bolsonaro logo após a cerimônia de hasteamento da bandeira, na Praça da Bandeira, em Brasília, nesta manhã. Ministros como Carlos França (Relações Exteriores), Paulo Guedes, Tereza Cristina e Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) acompanharam o evento. Em seguida, Bolsonaro partiu para a Esplanada dos Ministério, onde apoiadores do governo se reúnem. "Não podemos brincar com a nossa liberdade. Hoje é uma data maravilhosa. Tenho certeza que cada um de vocês tudo fará para que a sua liberdade seja garantida", disse Bolsonaro em live pelas mídias sociais durante trajeto à Esplanada dos Ministérios.
O presidente se referia a atos recentes do Supremo Tribunal Federal (STF), que mandou prender o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) e o ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, por críticas contundentes e ameaças ao magistrados da Corte.
À tarde, a partir das 15h30, o presidente deverá comparecer à manifestação programada na avenida Paulista, em São Paulo, de apoiadores do governo. A poucos quilômetros, opositores se reúnem no vale do Anhangabaú, na região central. Cerca de 3.600 policiais estão de prontidão nas principais vias de acesso aos locais dos protestos e nas saídas de estações de metrô.
Em mensagem postada logo após encontro com apoiadores em Brasília, o presidente disse que o 7 de Setembro será um “norte” e alfinetou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). “O nosso país não pode continuar refém de uma ou duas pessoas, não interessa onde elas estejam. Esta uma ou duas pessoas, ou entram nos eixos, ou serão simplesmente ignoradas da vida pública. Este é o meu trabalho. Continuarei jogando dentro das quatro linhas, mas, a partir de agora não admito que outras pessoas, uma ou duas, joguem fora das quatro linhas”, afirmou.
O governador João Doria (PSDB) deverá monitorar o esquema especial de policiamento a partir das 14h, no Centro de Operações da Polícia Militar, ao lado do Procurador-Geral de Justiça, Mário Sarrubbo.
Em Brasília e outras capitais, também foi montado um forte esquema de segurança. Policiais farão revistas nos transeuntes na Esplanada dos Ministérios, ponto de encontro dos defensores do governo, e na Torre de TV, na concentração da oposição. O trânsito também ficará suspenso entre alça leste da Rodoviária do Plano Piloto e o 1º Grupamento do Bombeiro Militar. No Eixo Monumental, há bloqueios na altura da W3 até a Funarte.
São esperadas manisfestações no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e outras capitais. Cerca de 200 municípios também prepararam atos, com grupos a favor e contra o governo do presidente Jair Bolsonaro.