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"Não me classifico de direita", diz Doria em Belém

Sobre como se posiciona no espectro político, o prefeito de São Paulo afirmou que é e sempre foi "uma pessoa de centro"

Doria: "Ainda não me apresento como pré-candidato, não é bom precipitar o debate" (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)

Doria: "Ainda não me apresento como pré-candidato, não é bom precipitar o debate" (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de outubro de 2017 às 17h40.

Belém - Depois do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) ter cumprido na quinta-feira, 5, uma agenda de pré-candidato em Belém, nesta sexta-feira, 6, foi a fez do prefeito de São Paulo, João Doria, desembarcar na cidade.

O tucano chegou na capital paraense por volta do meio-dia e participou de um almoço com empresários, no qual recebeu os títulos de cidadão paraense e belenense.

Em entrevista coletiva após o encontro, Doria foi questionado sobre o motivo de suas viagens pelo Brasil.

"Ainda não me apresento como pré-candidato, não é bom precipitar o debate", afirmou. Doria reiterou que viaja em seu avião particular e paga os custos de seus deslocamentos com recursos próprios.

"Viajo no meu avião. Nem salário eu recebo", disse o prefeito, que concedeu entrevista ao lado do prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho (PSDB).

Os jornalistas perguntaram, então, por que visitar a capital durante o Círio de Nazaré, uma das maiores festas religiosas do mundo, se ele não é pré-candidato.

Doria respondeu que é a terceira vez que ele participa das festividades e que a viagem foi uma "coincidência" com a festa religiosa.

Sobre as declarações ao jornal O Estado de S. Paulo do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), que cobrou de Doria que viajasse apenas depois do expediente na Prefeitura e nos finais de semana, Doria respondeu:

"Não emito opinião sobre a gestão dele na prefeitura de Manaus. Dispenso as recomendações do Arthur Virgílio sobre meu papel na Prefeitura".

Virgílio se apresentou na semana passada como pré-candidato à Presidência e disse que pretende disputar as prévias com Doria e o governador Geraldo Alckmin.

Em outro trecho da entrevista, o prefeito falou sobre como se posiciona no espectro político.

"Não me classifico de direita. Sou e sempre fui em minha trajetória uma pessoa de centro". O prefeito defendeu, porém, a privatização de estatais, entre elas a Petrobras, mas de forma gradual.

Outra questão levantada durante a coletiva foi sobre o discurso de Bolsonaro, na capital paraense, no qual o deputado defendeu a flexibilização do porte de arma e que proprietários rurais tenham direito de ter fuzis para enfrentar o MST.

"Não defendo que todo brasileiro tenha arma de fogo. Esse não é o caminho para pacificar o Brasil. Quem desejar ter uma arma deve seguir a regra e a legislação". O prefeito, então, se solidarizou com as vítimas do atentado em Las Vegas.

Doria permanece em Belém até domingo. Nesta sexta-feira, ele ainda estará em mais um evento com empresários e depois vai a um coquetel a convite da cantora Fafá de Belém.

No sábado, 7, o prefeito participa da procissão de barco no Círio de Nazaré, também ao lado da cantora e de outras celebridades.

O tucano também pretende participar da procissão de carro e finalizar o dia assistindo aos festejos na varanda da cantora, um dos locais mais concorridos do Círio.

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