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'Não interessa ao Brasil viver em um mundo fraturado', diz Mauro Vieira no final da reunião do G20

Chanceler fez declarações à imprensa no último dia do encontro, que teve representantes de mais de 40 países e organismos internacionais

Mauro Vieira, chanceler do Brasil (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Mauro Vieira, chanceler do Brasil (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Publicado em 22 de fevereiro de 2024 às 14h33.

No último ato da reunião de chanceleres do G20 no Rio de Janeiro, o chanceler Mauro Vieira fez um balanço do encontro à imprensa, e afirmou que "não interessa ao Brasil viver em um mundo fraturado".

Ao todo, 45 delegações, incluindo de países membros do grupo, convidados e organizações internacionais, estiveram no Rio de Janeiro, sendo que 32 representadas pelos seus chanceleres ou principais representantes.

Segundo Vieira, os países discutiram as duas principais guerras hoje no mundo, na Ucrânia e em Gaza. O chanceler afirmou que vários ministros expressaram o temor de que o conflito se espalhe pelo Oriente Médio, e ressaltaram a situação de crise humanitária no território palestino. Ao mesmo tempo em que foram feitos pedidos pela libertação dos reféns capturados pelo Hamas, houve críticas à operação militar liderada por Israel, e houve muitos pedidos por um cessar-fogo.

Mauro Vieira reforçou que, pela primeira vez, haverá uma outra reunião de chanceleres do G20, prevista para acontecer às margens da Assembleia Geral da ONU, em Nova York — também pela primeira vez, será feito um convite a todos os países que integram as Nações Unidas para que participem do encontro.

A reunião de chanceleres, a primeira em nível ministerial da presidência rotativa do Brasil no G20, serviu para que o país detalhasse suas prioridades para o grupo neste ano: a questão climática, o combate à fome e à pobreza e a reforma das instituições multilaterais, que pautou a segunda reunião dos ministros.

Na quarta-feira, quando abriu o encontro, Vieira fez um discurso duro em defesa de mudanças no funcionamento das Nações Unidas, e atacou o que vê como gastos militares excessivos, no momento em que o Brasil e o chamado Sul Global pressionam por ações mais contundentes de governos para combater a fome e preparar o planeta para as mudanças climáticas.

Até a reunião de cúpula de novembro, também realizada no Rio de Janeiro, serão realizados outras reuniões em nível ministerial no G20 — na semana que vem, presidentes de Bancos Centrais e ministros da Economia e Finanças se encontrarão em São Paulo.

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