Repórter
Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 09h13.
Última atualização em 5 de fevereiro de 2025 às 10h15.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira, 5, que "não há pesquisa que dê certo com dois anos de antecedência" ao comentar os dados da Pesquisa Genial/Quaest divulgada na última segunda-feira, 4, sobre possíveis cenários eleitorais em 2026 e que "2025 será o ano de entrega deste governo".
Em entrevista as rádios Itatiaia, Mundo Melhor e BandNewsFM BH, de Minas Gerais, o presidente disse que as pesquisas eleitorais realizadas dois anos antes da próxima eleição presidencial "são distantes" e o governo "irá fazer acontecer" nesse período restante de mandato. "Passamos dois anos consertando esse país. Não tínhamos dinheiro em 2023 nem para pagar as dívidas do governo anterior. Plantamos e agora é o ano da colheita".
O presidente também falou sobre o processo em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro na investigação sobre uma tentativa de golpe que planejava assassinar Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes em 2022, antes do atual chefe do Executivo tomar posse.
"Quem tentou dar um golpe e articulou a morte do presidente, do vice-presidente e do presidente do TSE não merece absolvição. Por menos do que eles fizeram, muita gente no partido comunista foi morto", disse. "Se a Justiça entender que ele pode concorrer, ele vai concorrer. Mas, se for comigo, vai perder outra vez", completou Lula.
Bolsonaro foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e está inelegível por causa de uma reunião com embaixadores em que disseminou informações falsas sobre o sistema eleitoral. Lula declarou que, na avaliação dele, o ex-presidente não merece absolvição.
O presidente também criticou a discussão sobre anistia aos envolvidos no 8 de janeiro antes mesmo de os julgamentos terminarem e afirmou que "quem tentou dar um golpe e articulou a morte do presidente, vice e presidente do TSE não merece absolvição". A fala é uma referência ao plano descoberto pela PF, do qual Bolsonaro teria ciência, segundo a investigação, que previa os assassinatos de Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.