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Não há nenhuma motivação para impeachment de Bolsonaro, diz Mourão

Declaração do vice ocorre em meio a ameaça de Maia de abrir processo e após um assessor seu procurar deputado com críticas ao presidente

Mourão: Maia disse no domingo a deputados que poderia abrir um processo de impeachment contra Bolsonaro, após seu partido, o DEM, deixar o bloco de Baleia Rossi (Adriano Machado/Reuters)

Mourão: Maia disse no domingo a deputados que poderia abrir um processo de impeachment contra Bolsonaro, após seu partido, o DEM, deixar o bloco de Baleia Rossi (Adriano Machado/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 1 de fevereiro de 2021 às 12h37.

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta segunda-feira que não vê motivos para a aceitação de um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.

A declaração em meio a uma ameaça do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de aceitar um pedido de impeachment no último dia de seu mandato, e após um ex-assessor de Mourão ser demitido por procurar o chefe de gabinete de um deputado afirmando que o vice-presidente é "mais preparado" do que Bolsonaro.

"Como Vice-Presidente, afirmo que não há nenhuma motivação para a aceitação de pedido de impeachment do nosso PR @jairbolsonaro, o qual tem trabalhado incansavelmente para superar os desafios que o século XXI impõe ao Brasil", escreveu Mourão em sua conta no Twitter.

Maia disse no domingo a deputados que poderia abrir um processo de impeachment contra Bolsonaro, após seu partido, o DEM, deixar o bloco de Baleia Rossi (MDB-SP), candidato apoiado por Maia na sua sucessão na presidência da Câmara.

Na semana passada, Mourão demitiu o chefe da Assessoria Parlamentar da Vice-Presidência da República, Ricardo Roesch Morato Filho, depois que o site "O Antagonista" revelou uma troca de mensagens dele com o chefe de gabinete de um deputado, que não teve a identidade revelada. O vice-presidente disse, contudo, que não conversou com Bolsonaro sobre o episódio.

Também na semana passada, o presidente desautorizou Mourão ao descartar uma reforma ministerial e dizer que o governo não precisa de um "palpiteiro". Na véspera, Mourão havia dito que o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, poderia ser demitido em uma eventual reforma.

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