O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo conta com o engajamento do colega José Dirceu (foto), ex-ministro da Casa Civil, convocado para depor na futura CPI do Cachoeira (Ana Araujo/Veja)
Da Redação
Publicado em 3 de agosto de 2012 às 18h55.
São Paulo - A iminência do julgamento do mensalão e as ameaças da oposição de convocar o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu para depor na futura CPI do Cachoeira não demoveram o pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, de contar com o engajamento e auxílio do colega petista em sua campanha.
"Nós não podemos esconder as pessoas que nos apoiam. Elas têm direito de expressar sua opinião sobre o melhor para São Paulo", afirmou durante visita à obra do futuro estádio do Corinthians, na zona leste da cidade.
Dirceu foi apontado na denúncia da Procuradoria-Geral da República como "chefe da quadrilha" do mensalão. E a oposição espera agora ressuscitar o caso do seu ex-assessor Waldomiro Diniz, que, em 2004, apareceu em um vídeo pedindo propina a Carlos Cachoeira, acusado de comandar uma rede ilegal de jogos e agora o pivô da nova CPI que será instalada no Congresso.
Haddad afirmou que não trabalha "com um cálculo" sobre o impacto que uma eventual condenação de pessoas ligadas ao PT no caso do mensalão possa causar em sua campanha. Durante a visita ao Itaquerão nesta segunda ele foi acompanhado, inclusive, por um dos envolvidos no caso: o deputado José Mentor (PT-SP).
O pré-candidato negou, no entanto, que o ex-ministro tenha trabalhado nos bastidores para acertar os nomes dos coordenadores da sua campanha. "Ele não tem participado das campanhas do PT. O último contato que tivemos foi há meses."
Questionado se acreditava na absolvição do Dirceu, Haddad disse conhecer pouco sobre o processo. Outros petistas, como José Genoino e Delúbio Soares, também são réus no caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.