Presidente Alberto Fernández, da Argentina, recebe a primeira dose da Sputnik V (Esteban Collazo/Reuters)
Carla Aranha
Publicado em 21 de janeiro de 2021 às 19h11.
Última atualização em 22 de janeiro de 2021 às 10h31.
A Anvisa comunicou, em nota enviada nesta quinta-feira, dia 21, que a farmacêutica União Química, responsável pela fabricação no Brasil da vacina Sputnik V, não encaminhou todos os dados necessários para a aprovação do imunizante.
A empresa diz que fez o pedido de registro emergencial no último dia 15.
A Anvisa realizou uma reunião nesta quinta-feira, dia 21, com representantes da União Química e do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), que financiou o desenvolvimento da vacina e é responsável pelas negociações de exportação para outros países. O objetivo, segundo a empresa e o fundo russo, era compreender de forma mais aprofundada as exigências do órgão e dar andamento à autorização para a vacina.
Durante o encontro, a Anvisa teria frisado que a exigência de realizar teste clínicos no Brasil continua valendo apesar de uma ação ajuizada pelo governo da Bahia, que já acertou a compra da Sputnik V, solicitando a extinção desse protocolo em situações emergenciais de saúde pública, desde que o imunizante esteja em uso em países da União Europeia, Estados Unidos, Reino Unido e Japão.
Laboratórios estrangeiros têm comentado que não é uma tarefa simples atender ao conjunto de solicitações no Brasil para o registro de vacinas.
Uma nova reunião de caráter técnico deve ser agendada até o final do mês. A vacina Sputnik V já é usada na Argentina. Nesta quinta, a Hungria autorizou o uso emergencial do imunizante. Os Emirados Árabes Unidos, que já vacinaram mais de 10% da população também aprovaram a vacina nesta semana.
(reportagem em atualização)