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Na véspera da votação de denúncia, Temer se diz confiante

Questionado ainda se haverá quórum na quarta-feira para votar a abertura do processo, o presidente repetiu o discurso de que é a oposição que precisa votar

Michel Temer: "A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) já decidiu que não há autorização, agora é o plenário" (Adriano Machado/Reuters)

Michel Temer: "A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) já decidiu que não há autorização, agora é o plenário" (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de agosto de 2017 às 17h27.

Brasília - Na véspera de ver o pedido de abertura de processo contra si ser votado no plenário da Câmara, o presidente Michel Temer disse a jornalistas que está confiante no resultado.

"A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) já decidiu que não há autorização, agora é o plenário", disse Temer ao final de uma cerimônia no Palácio do Planalto.

Questionado ainda se haverá quórum na quarta-feira para votar a abertura do processo, o presidente repetiu o discurso de que é a oposição que precisa votar.

"Quem tem de votar são aqueles que querem destruir aquilo que a CCJ decidiu", afirmou.

Para que a Câmara autorize o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar a denúncia contra o presidente por corrupção passiva são necessários os votos de 342 dos 513 deputados. O quórum mínimo para o início da votação também foi definido em 342 deputados.

Até o último minuto, o governo se movimenta para tentar garantir o quórum e ainda virar votos de indecisos a favor do presidente. A estratégia inclui ainda a exoneração de 11 dos 12 ministros que são também deputados para que votem a favor de Temer. A exceção é o ministro da Defesa, Raul Jungmann, que está coordenando a ação das Forças Armadas no Rio de Janeiro.

Nesta terça-feira, Temer incluiu 17 deputados em sua agenda, a maior parte deles colocados na lista de indecisos nos levantamentos feitos pela base governista. Temer ainda almoçou com 52 deputados da Frente Parlamentar Agropecuária.

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