Celular em casa: 96,3% das residências brasileiras em 2021 tinham um smartphone (Superb Images/Getty Images)
Agência O Globo
Publicado em 16 de setembro de 2022 às 13h31.
Na pandemia, a televisão e o computador perderam ainda mais o protagonismo nas casas brasileiras para os celulares. Enquanto o percentual de residências com aqueles aparelhos caiu, o com smartphones cresceu de 94,4% para 96,3% de 2019 para 2021. E o smartphone se tornou o principal dispositivo de acesso à internet em casa.
Os dados são do levantamento Tecnologia da Informação e Comunicação com base em informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadTIC), divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE.
De acordo com o estudo, nos últimos cinco anos, a quantidade de casas apenas com celular passou de 62% do total, em 2016, para 72%, em 2019. Na pandemia, saltou para 81% no ano passado. E o aparelho fixo foi saindo de cena: caiu à metade neste período.
Os televisores e computadores já foram os itens mais valorizados nas casas brasileiras, tendo inclusive lugar de destaque em décadas passadas. Nos últimos anos, porém, foram sendo substituídos pelos smartphones, que conseguem agrupar cada vez mais funções, à medida que tecnologia e conexão evoluem.
Percentualmente, a presença de TVs nas residências já vinha minguando desde 2016 quando foi de 97,2%. De 2019 para 2021, mesmo com o isolamento social e a ampliação do uso de telas, a trajetória de queda se manteve, passando de 96,2% para 95,5%.
Já o percentual de domicílios com microcomputador foi reduzido de 41,4% para 40,7% entre o ano pré-pandemia e 2021. A variação da presença do tablet é ainda maior, de 11,6% para 9,9%.
Com o avanço da presença do celular em casa, ele se tornou o principal dispositivo de acesso à internet nas residências, sendo utilizado em 99,5% dos domicílios com acesso à rede em 2021.
Em seguida, vem a TV, principal dispositivo para acesso à internet em 44,4% dos domicílios, superando, pela primeira vez, o computador (42,2%). Efeito da disseminação dos serviços de streaming.
O levantamento mostra ainda que a televisão por assinatura caiu de 30,3% para 27,8%, e que domicílios sem conversor para receber sinal da TV aberta, sem antena parabólica e sem assinatura caiu passou de 1,7 milhões para 1,5 milhões de domicílios no Brasil entre 2019 e 2021.
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