Brasil

Na ONU, Dilma fala sobre crise econômica e corrupção

Presidente admite que país atravessa momento delicado e diz que não irá tolerar a corrupção


	Dilma Rousseff discursa na ONU: para a presidente, juízes devem trabalhar livremente, mas sem paixões partidárias
 (Reuters / Andrew Kelly)

Dilma Rousseff discursa na ONU: para a presidente, juízes devem trabalhar livremente, mas sem paixões partidárias (Reuters / Andrew Kelly)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 28 de setembro de 2015 às 14h06.

São Paulo – A presidente Dilma Rousseff disse em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta manhã, que a economia do país não tem problemas estruturais graves, mas de conjuntura. Ela disse que o esforço do governo brasileiro para impedir os efeitos da crise de 2008 chegou “ao limite”. 

A presidente reconheceu que o país passa por um momente de dificuldades, com inflação, recessão e desvalorização da moeda. Afirmou que a estratégia de crescer com o reforço do crédito e do consumo dos brasileiros chegou ao fim e citou os cortes de gastos propostos recentemente. “Estamos num momento de transição para um novo ciclo de expansão, disse.

Corrupção

A presidente afirmou que o Brasil “não tolera e não irá tolerar a corrupção”. Ela comentou brevemente sobre a investigação de casos de corrupção, como a feita na Operação Lava Jato e cobrou dos governantes um comportamento “sem excessos”.

Dilma disse que espera que os juízes atuem livremente e não julguem ao sabor de paixões partidárias. Ela também defendeu a liberdade de imprensa e de manifestação. No final,  citou o ex-presidente uruguaio José Mujica, para quem “a democracia não é perfeita, mas deve ser aperfeiçoada”.

Mundo

A presidente começou seu discurso cobrando dos líderes de países presentes que permitam o livre trânsito de refugiados. A fala rendeu aplausos. 

“Em um mundo onde circulam, livremente, mercadorias, capitais, informações e ideias, é absurdo impedir o livre trânsito de pessoas”, disse Dilma. 

Ela também pediu o fim do embargo à Cuba e a criação do Estado da Palestina. "Não se pode postergar a criação de um estado palestino que conviva pacificamente com Israel".

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