Segundo Dilma, brasileiros e indianos são favoráveis à busca pelo consenso e ao multilateralismo. (Roberto Stuckert Filho/PR)
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2012 às 19h40.
Nova Delhi (Índia) e Brasília – A presidente Dilma Rousseff defendeu hoje (28), em Nova Delhi, na Índia, as reformas do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e das instituições financeiras internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. Dilma disse que Brasil e Índia querem um sistema internacional “mais democrático”.
“O Brasil e a Índia compartilham o desejo de construir um sistema internacional mais democrático, enraizado no direito internacional, voltado para a cooperação e a paz”, ressaltou a presidente, que recebeu hoje o título de doutora honoris causa da Universidade de Nova Delhi.
Os líderes dos países que compõem o BRIC – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – querem a ampliação nos assentos permanentes Conselho de Segurança da ONU e das instituições financeiras internacionais, como o FMI e o Banco Mundial. Para o BRIC, a economia sólida e em crescimento dos países do bloco deve ser considerada para essas mudanças sugeridas nos órgãos internacionais.
No discurso, a presidente reiterou ainda que o Brasil apoia as negociações pacíficas na busca por acordos em regiões em crise, como a Síria e o Afeganistão, sem a ingerência de forças e pressão estrangeiras. Segundo ela, Brasil e Índia são contrários às ações unilaterais e autoritárias. A afirmação é uma resposta à pressão dos Estados Unidos e da União Europeia em relação ao tema.
“[O Brasil e a Índia] rejeitam as ações unilaterais e doutrinas que enfatizam o uso da força”, disse a presidente. Segundo Dilma, brasileiros e indianos são favoráveis à busca pelo consenso e ao multilateralismo.
A presidente chegou ontem (27) à Índia onde fica até sábado (31). Ela participa da 4ª Cúpula do BRIC – bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Nas reuniões estarão presentes além de Dilma, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e os presidentes Jacob Zuma (África do Sul), Hu Jintao (China), e Dmitri Medvedev (Rússia).