Dilma: ex-presidente está viajando pelo exterior para divulgar o entendimento de que Lula é um preso político (Pilar Olivares/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de abril de 2018 às 21h42.
Última atualização em 10 de abril de 2018 às 22h07.
A presidente cassada Dilma Rousseff confirmou nesta terça-feira, 10, que existe uma "tendência" de que ela possa sair ao Senado pelo Estado de MG, onde nasceu e iniciou a militância política. Ela foi questionada sobre a mudança de domicílio eleitoral para Minas, requisitada ao Tribunal Regional eleitoral (TRE) na semana passada, em um evento na Espanha.
"Existe agora essa tendência de que eu concorra a senadora pelo Estado de Minas. (Mas) o fato de eu transferir meu título não significa que já me tornei candidata, são dois momentos distintos. Este momento de me tornar candidata se dará em agosto apenas", declarou.
Dilma também afirmou que, embora esteja preso desde o final de semana, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado pela Operação Lava Jato, continua o candidato do PT para as eleições presidenciais deste ano. "Em agosto ficará claro quem são os candidatos presidenciais. Até, lá vamos lutar para que o presidente Lula seja candidato", disse Dilma, ecoando o discurso do partido desde que o líder petista se entregou à Polícia Federal, no sábado, 7.
A ex-presidente proferiu nesta terça-feira uma palestra na Casa das Américas, em Madri, intitulada "Brasil: uma democracia ameaçada". De hoje até a semana que vem, ela faz um giro internacional na Europa e nos Estados Unidos para divulgar o entendimento de que o ex-presidente é um preso político, vítima de um conluio para tirá-lo das eleições. Lula "nitidamente ganharia as eleições, quanto maior sua perseguição, maior era o destaque que ganhava", disse no evento.