Brasília - O gerente de engenharia de custos da Petrobras, Alexandre Rabello, afirmou nesta quarta-feira, 18, que o custo da obra da refinaria de Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, está compatível com os valores praticados no mercado.
A refinaria teve um preço inicial orçado em US$ 2,4 bilhões para atualmente em US$ 18,5 bilhões. A previsão é que a primeira etapa de Abreu e Lima esteja pronta no final deste ano.
Em depoimento à CPI do Senado, até o momento, Rabello não respondeu a vários questionamentos sob a alegação de que os custos da obra na fase de execução não integram a área de Engenharia de Custos, da qual faz parte.
"O que posso dizer é que as unidades estimadas tiveram valores compatíveis com os valores de mercado", afirmou.
Rabello evitou comentar diretamente a suspeita de que o ex-diretor da Área de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa seja o responsável pelo superfaturamento em Abreu e Lima.
Paulo Roberto presidiu o conselho de administração da refinaria e afirmou, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que a obra foi orçada inicialmente como uma "conta de padeiro". O gerente frisou que a área dele não participou de todas as fases do processo.
O gerente disse ainda que a primeira etapa do orçamento da Rnest, que estimou a obra em US$ 2,4 bilhões, foi feita pela Diretoria de Abastecimento.
Rabello afirmou que a estatal segue nas contratações o decreto 2.475 que permite simplificar o processo de compras sem a necessidade de se divulgar previamente uma estimativa de custos.
Rabello avaliou que as obras da estatal são mais caras do que as do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestres (Dnit), usadas como parâmetro pelo Tribunal de Contas da União (TCU), porque são de grande porte e envolvem maiores complexidades para serem realizadas. Ele citou o caso da existência de áreas para serem alagadas em um porto, ao contrário da construção de uma rodovia.
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1. 2014 problemático
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1/11 (Galdieri/Bloomberg)
São Paulo - O primeiro trimestre ainda nem acabou, mas a
Petrobras já acumulou problemas neste período que podem valer para o ano inteiro. Entre processo de investigação de propina, preço das
ações despencando e produção de
petróleo menor, a petroleira dá indícios que não vive um bom momento. Veja, a seguir, 10 enroscos em que a Petrobras já se meteu neste ano:
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2. Investigação sobre propina
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2/11 (Sérgio Moraes/Reuters)
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3. Endividamento bilionário
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3/11 (REUTERS/Nacho Doce)
A captação de 8,5 bilhões de dólares anunciada pela Petrobras nesta semana deve impactar ainda mais o endividamento da estatal. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo,
a dívida líquida da petroleira deverá passar de 100 bilhões de dólares até 2018. De acordo com o novo plano de negócios quinquenal da Petrobras (2014-2018), 60,5 bilhões de dólares serão levantados em dívida bruta nos próximos cinco anos.
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4. Queda da produção
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4/11 (Pedro Lobo/Bloomberg News)
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5. Multa bilionária
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5/11 (REUTERS/Sergio Moraes)
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6. Ações despencaram
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6/11 (Alexandre Battibugli/EXAME)
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7. Valor de mercado menor
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7/11 (Dado Galdieri/Bloomberg)
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8. Preço do dólar divergente
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8/11 (Bruno Domingos/Reuters)
Durante evento para divulgar seu plano de investimentos para os próximos cinco anos, a Petrobras afirmou que vai trabalhar com um dólar de 2,23 reais neste ano.
A cotação média do mercado, no entanto, ultrapassa a cifra de 2,40 reais e a diferença está preocupando o mercado, que não consegue entender como a estatal chegou a esse valor.
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9. Preço do combustível
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9/11 (Divulgação/Petrobras)
A interferência do governo nos negócios da Petrobras também tem preocupado investidores, principalmente quando o assunto é o polêmico reajuste no preço do combustível.
A fim de não aumentar a inflação, o governo tem segurado os preços e a estratégia tem impactado negativamente a petroleira. A estimativa do mercado é que a empresa tenha deixado de ganhar 1,1 bilhão por não repassar alta do petróleo.
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10. Independência do governo
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10/11 (Francois Lenoir/Reuters)
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11. Agora, veja 20 empresas que dominam o país
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11/11 (AGÊNCIA BRASIL)