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Ivan Valente cobra novo depoimento e afastamento de Cunha

Na CPI da Petrobras, Valente disse que Cunha precisa voltar à comissão e deixar a presidência da Casa


	Na CPI da Petrobras, Valente disse que Cunha precisa voltar à comissão e deixar a presidência da Casa
 (Montagem/Exame.com)

Na CPI da Petrobras, Valente disse que Cunha precisa voltar à comissão e deixar a presidência da Casa (Montagem/Exame.com)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2015 às 11h40.

Brasília - Na iminência da apresentação de denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) cobrou da CPI da Petrobras a oitiva do delator Júlio Camargo e da convocação da ex-deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), personagens que comprometem o peemedebista.

Diante do esvaziamento da CPI, Valente disse que Cunha precisa voltar à comissão e deixar a presidência da Casa.

O presidente da Câmara já esteve na CPI, onde se ofereceu para depor logo que a PGR entregou a lista dos políticos envolvidos na OPeração Lava Jato. Na ocasião, a sessão se transformou num "ato de desagravo" e ataques ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Valente disse que a comissão sofre um processo de desmoralização porque blinda personagens fundamentais da Operação Lava Jato e só traz pessoas de "terceiro escalão".

"É uma vergonha para essa CPI o esvaziamento. O senhor Eduardo Cunha precisa depor à CPI e se afastar da presidência da Casa. Essa vergonha não pode continuar. A CPI não pode permanecer cega e muda diante dessa realidade", discursou.

A intervenção do parlamentar ganhou o apoio do sub-relator Altineu Côrtes (PR-RJ). O deputado se disse frustrado com o andamento dos trabalhos e concluiu que a comissão prevarica ao não investigar as questões centrais do esquema de corrupção na Petrobras. "Vão dizer em 60 dias que a CPI prevaricou porque não investigou nada", criticou.

Doleiro

A comissão deu início há pouco à oitiva do doleiro Raul Srour, que chegou informando que obteve um habeas corpus que lhe dá o direito a ficar em silêncio. Ele abriu seu depoimento dizendo que não conhece políticos envolvidos no esquema de corrupção e que por isso não tinha muito a contribuir.

"A vinda para mim aqui foi uma surpresa, me parece um equívoco. Não tenho assunto a tratar sobre Petrobras, não conheço os personagens, me sinto vítima por ter entrado no rabo do foguete", disse o doleiro.

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