Incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro: maioria dos presidenciáveis não têm propostas para museus e cultura (Ricardo Moraes/Reuters)
Guilherme Dearo
Publicado em 3 de setembro de 2018 às 14h54.
Última atualização em 4 de setembro de 2018 às 12h18.
São Paulo - Diante da tragédia que foi o incêndio que destruiu o Museu Nacional, no Rio, o descaso com os museus brasileiros - e com a cultura de modo geral - ficou escancarado. Alguma coisa vai mudar? Se depender dos atuais candidatos à presidência da república, muito pouco. Entre 13 programas presidenciais, apenas 2 citam propostas específicas relacionadas a museus: o programa de Marina Silva (Rede) e o do PT.
A análise é da Agência Lupa, especialista em checagem de dados. O resultado foi divulgado na Folha de S.Paulo e na revista piauí. A agência analisou os 13 programas registrados no TSE para descobrir o que os presidenciáveis falavam dos museus brasileiros.
2 entre 13 citam propostas a museus. Outros 7 falam de cultura, mas nada sobre museus. As 4 candidaturas restantes nada dizem sobre cultura ou museus.
Candidaturas com propostas a museus: Marina Silva (Rede) e PT. Marina fala "Nos comprometemos a oferecer condições de funcionamento a museus, arquivos e bibliotecas”. Já o programa do PT fala em fortalecer o Iphan e o Ibram.
Candidaturas que citam cultura, mas não museus: Alvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Eymael (DC), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), João Amoedo (Novo) e João Goulart Filho (PPL). Os candidatos falam de coisas vagas. Ciro cita a "preservação e ampliação de nosso patrimônio artístico-cultural". Amoêdo cita "novas formas de financiamento de cultura".
Candidaturas que não apresentam propostas para cultura: Cabo Daciolo (Patriota), Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL) e Vera Lucia (PSTU).