Policiais militares em greve que ocupavam a Assembleia Legislativa da Bahia desde o dia 31 de janeiro deixam o prédio e são revistados pelo Exército (Marcello Casal Jr/ABr)
Da Redação
Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 08h00.
Última atualização em 10 de agosto de 2018 às 10h29.
Rio de Janeiro - A mulher do cabo Benevenuto Daciolo, do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, disse hoje (9) que o marido estava na Bahia, a pedido da Auditoria Militar, para ajudar a negociar fim do impasse na Assembleia Legislativa baiana. Segundo Cristiane Daciolo, Benevenuto atendeu a um pedido do juiz da Auditoria Federal Militar José Barroso Filho.
O cabo foi preso administrativamente ontem (8) assim que desembarcou no Rio de Janeiro, vindo da Bahia, pela Corregedoria do Corpo de Bombeiros, acusado de incitar o movimento. Segundo os bombeiros, pela Constituição, nenhum militar pode fazer greve. Daciolo foi um dos líderes do movimento grevista dos bombeiros fluminenses no ano passado e chegou a ser detido com mais 400 militares por motim.
Cristiane Daciolo diz que o marido não cometeu nenhum crime de incitamento. “Estão botando na conta dele uma crise que está instaurada no estado. Ele não tem nada a ver com isso. Fizeram essa prisão arbitrária e a gente ficou sem saber o que fazer com essa covardia”, disse.
Segundo ela, o cabo foi levado para o Presídio de Segurança Máxima Bangu 1. “Mandaram meu marido para o presídio de Bangu 1, só com uma prisão administrativa. Nada justifica pegar um bombeiro militar e jogar lá em Bangu 1. Ele tem que ficar dentro do quartel. Primeiro, ele tem que ser julgado e, se ele for expulso, é que ele vai para uma cadeia normal”, disse.