Integrantes do MTST durante ato contra a especulação imobiliária, em São Paulo (Oliver Kornblihtt/Midia NINJA/Creative Commons)
Da Redação
Publicado em 29 de maio de 2015 às 15h59.
São Paulo - O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) promoveu hoje (29) a ocupação do saguão dos prédios onde funcionam centros administrativos da Caixa Econômica Federal na Avenida Paulista, região central da capital.
Os manifestantes protestaram contra o ajuste fiscal do governo, em especial os cortes no Ministério das Cidades.
“O corte de R$ 70 bilhões em gastos atinge diretamente as políticas sociais e o Minha Casa, Minha Vida tem sido o mais atingido”, destacou uma das coordenadoras do movimento, Jussara Basso.
O grupo se concentrou no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo e, carregando faixas e cartazes, fez uma caminhada de dois quarteirões até os prédios onde estão os escritórios da Caixa.
Após a ocupação, que durou poucos minutos, foi feita uma assembleia na área externa dos edifícios.
Os militantes pedem o lançamento da terceira fase do programa Minha Casa, Minha Vida. “Foi anunciado várias vezes e não foi lançado. O programa precisa ser lançado para a construção de moradias”, defendeu Jussara.
A ação marca a adesão do MTST a série de manifestações feitas por sindicatos e movimentos sociais hoje contra o ajuste fiscal e o projeto de lei que regulamenta as terceirizações.
Mais cedo, também na Avenida Paulista, a União Geral dos Trabalhadores (UGT) interrompeu o trânsito em frente a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
“Nós estamos tentando há muito tempo que o Congresso Nacional tenha mais respeito pelos trabalhadores. O PL [projeto de lei] 4330/04 não regulamenta a terceirização, ao contrário, precariza a terceirização e o Congresso Nacional não abre diálogo conosco”, disse o secretário-geral da UGT, Canindé Pegado.
Parte das agências bancárias da região central da capital paulista não abriu, como parte da agenda de mobilizações.
“Os terceirizados bancários recebem salários 70% mais baixos que a média da categoria, com carga horária mais alta e sem a maioria dos direitos conquistados em muitos anos de luta”, ressaltou a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira.