MTST: o grupo protestava contra a paralisação nas contratações do Minha Casa, Minha Vida para as famílias de menor renda (Alice Vergueiro / Facebook MTST/Divulgação)
Agência Brasil
Publicado em 9 de março de 2017 às 12h40.
Última atualização em 9 de março de 2017 às 12h43.
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) começou a desmontar hoje (9) o acampamento montado em frente ao escritório da Presidência da República, na Avenida Paulista, região central da capital.
Ontem (8), o ministro das Cidades, Bruno Araújo, recebeu o coordenador do movimento, Guilherme Boulos, e anunciou a contratação de 170 mil novas unidades habitacionais nas próximas semanas.
Também participou do encontro o dirigente nacional do Movimento Nacional de Luta Pela Moradia, Paulo André de Araújo. Após a reunião, os sem teto decidiram encerrar o protesto, depois de 22 dias de ocupação.
Segundo o Ministério das Cidades, as residências, que serão construídas como parte do programa Minha Casa, Minha Vida, serão destinadas a atender a chamada Faixa 1: famílias com renda mensal de até R$ 1,8 mil.
Está prevista ainda a publicação, até o fim deste mês, de uma portaria com novos critérios para as contratações. Entre eles, a limitação de, no máximo, 500 unidades habitacionais por empreendimento.
O MTST ocupou a calçada em frente ao escritório da Presidência da República, após uma manifestação no dia 16 de fevereiro. O grupo protestava contra a paralisação nas contratações do Minha Casa, Minha Vida para as famílias de menor renda.
Durante os 22 dias de mobilização, foram realizadas diversas atividades culturais no local, como exibição de filmes e apresentações musicais.