"Esse MT pode ser tanta coisa, é uma sigla de muitos nomes e muitas instituições", disse Michel Temer (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de julho de 2015 às 18h01.
Nova York - O vice-presidente do Brasil, Michel Temer, atribuiu a uma "inferência" da Polícia Federal a associação da sigla "MT" - que constaria de mensagens em um celular apreendido do presidente da Odebrecht, - a seu nome.
"Esse MT pode ser tanta coisa, é uma sigla de muitos nomes e muitas instituições", disse na tarde desta terça-feira, 21, a jornalistas logo após fazer uma palestra para investidores em Nova York, no qual foi questionado várias vezes, segundo participantes, sobre a situação política complicada no país.
"Não sei dizer porque atribuíram a mim. Eu não consigo entender e não tenho nenhuma relação com fatos delituosos", afirmou Temer, destacando que "dezenas" de outras inicias também teriam aparecido nas mensagens.
"Eu não tenho a menor ideia", disse Temer, afirmando que conhece o presidente da construtora, Marcelo Odebrecht.
"Eu até nem sei se a Odebrecht colaborou com o PMDB. Várias empresas colaboraram, eu mandei verificar se colaborou", afirmou. "É uma inferência da Polícia Federal, não sei se legítima ou ilegítima", completou.
Ainda na entrevista, questionado sobre a nova queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff, revelada hoje em pesquisa da CNT/MDA, que mostra a taxa de aprovação da dirigente em 7,7%, um novo recorde negativo, Temer afirmou que a baixa aprovação de governos é cíclica. "Vamos esperar o futuro."
Sobre a defesa da presidente Dilma Rousseff para as chamadas pedaladas fiscais, que tem que ser apresentada até esta quarta-feira, Temer disse que os documentos estão "juridicamente muito bem montados".
Após os dois compromissos de hoje, Temer vai tirar uns dias de folga em Nova York antes de voltar para o Brasil.