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MST ocupa fazenda de Ricardo Teixeira no Rio

Mais de 300 famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra ocuparam a fazenda Santa Rosa, no município de Piraí, região Sul Fluminense

Ocupação: foi divulgada pelo próprio MST (Ricardo Teixeira/MST/Twitter/Reprodução)

Ocupação: foi divulgada pelo próprio MST (Ricardo Teixeira/MST/Twitter/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de julho de 2017 às 09h39.

Última atualização em 25 de julho de 2017 às 15h44.

Rio - Mais de 300 famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a fazenda Santa Rosa, no município de Piraí, região Sul Fluminense. A propriedade pertenceria ao ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira.

A informação sobre a ocupação foi divulgada pelo próprio MST. Segundo o movimento, a fazenda tem mais de 1.500 hectares de extensão.

O ato integra a Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária, organizada pelo MST, em que trabalhadores rurais têm como objetivo ocupar fazendas por todo o País que seriam ligadas a processos de corrupção ou a proprietários investigados. O movimento pede que as propriedades sejam destinadas a assentamentos de famílias sem terra.

Teixeira é investigado por um esquema de corrupção envolvendo a realização de jogos de futebol. A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta segunda-feira, 25, que seja encaminhada ao Brasil a investigação conduzida por autoridades espanholas sobre o cartola. Ele é acusado de ser o principal responsável por um esquema de desvio de dinheiro de jogos da seleção brasileira.

Conforme o jornal O Estado de S. Paulo revelou em 2013, acordos secretos permitiram que a renda dos jogos da seleção fosse desviada para uma empresa em nome de Sandro Rosell, aliado de Teixeira e ex-presidente do Barcelona.

No mês passado, Rosell foi preso e a Justiça espanhola apontou que parte do dinheiro que ia para sua empresa, a Uptrend, terminava com o próprio Teixeira.

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