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MST e CUT fazem críticas e cobranças ao governo Dilma

Distanciamento da presidente com os movimentos sociais do campo e com pautas trabalhistas foram alvo de críticas

Presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participam do 5º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participam do 5º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2013 às 20h47.

São Paulo - O distanciamento da presidente Dilma Rousseff com os movimentos sociais do campo e com pautas trabalhistas foram alvo de críticas na tarde desta sexta-feira, 13, durante o primeiro dia de debates do quinto Congresso do PT, em Brasília. João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), acusou o governo da petista de ter promovido "retrocessos" na área fundiária e cobrou que a presidente receba o movimento para discutir o tema.

"Uma parceria política não pode ser só um chavão, tem que ser concreto", disse João Paulo. A presidente tem sido cobrada pelo MST por um número pequeno de famílias assentadas. Segundo João Paulo, foram 150 famílias assentadas neste ano, enquanto que há 80 mil acampadas, à espera de assentamento.

Um dos convidados a falar na tarde desta sexta-feira no congresso, ele cobrou ainda a presidente pelo seu distanciamento com o movimento. "A Dilma se reúne com a Kátia Abreu (senadora pelo PMDB e presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil) e com o agronegócio", criticou. "O MST está tentando reunião (com Dilma) sobre os problemas com a reforma agrária. Achamos que vamos ter que falar com o papa".

Após a eclosão das manifestações populares do meio do ano, que abalaram a popularidade da presidente, Dilma recebeu no Palácio do Planalto representantes de movimentos sociais do campo, entre eles do MST. Na ocasião, o movimento assumiu a defesa da bandeira da reforma política, um dos pontos encampados por Dilma como resposta às manifestações.

A presidente também foi cobrada pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas. "É um absurdo nós passarmos este governo e não mexermos com o fator previdenciário e não reduzir a jornada de trabalho", criticou. "Entendemos que o governo Dilma tem que ter um marco que deixe claro o seu compromisso com a classe trabalhadora, porque com os empresários já teve", concluiu.

As cobranças e críticas disparadas contra o governo Dilma foram minimizadas pelo secretário de comunicação do partido, José Américo, que é presidente da Câmara de Vereadores de São Paulo. Ele disse que as críticas vieram de "setores minoritários" e que elas foram "muito residuais". "A Dilma recebeu até o Passe Livre", rebateu.

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