Paulinho da Força: legenda do deputado tem de obter o registro junto ao TSE até o final da próxima semana para poder participar das eleições de 2014 (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2013 às 20h17.
Brasília - Três semanas após ter opinado a favor da criação do partido Solidariedade, o Ministério Público Eleitoral reviu nesta segunda-feira, 23, sua posição. Disse que há indícios de fraudes na formação da legenda e decidiu pedir à Polícia Federal que abra um inquérito para apurar suspeita de crime eleitoral.
Assinado pelo novo vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, o parecer sustenta haver indícios de irregularidades na obtenção de assinaturas de apoio à criação do partido. Há suspeitas de fraudes nas fichas de apoio apresentadas à Justiça Eleitoral, principalmente em Suzano e Várzea Paulista. Também existem indícios de que teria sido utilizado um sindicato ligado aos servidores do Legislativo da União para conseguir as assinaturas.
Para ter o direito de lançar candidatos na eleição de 2014, o Solidariedade, do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), tem de obter o registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até o final da próxima semana. Mas, diante do novo parecer do Ministério Público, o prazo pode ser exíguo. Caberá ao plenário do TSE decidir nesta terça-feira, 24, se o processo será ou não convertido em diligência. Para Aragão, os fatos noticiados no processo do Solidariedade "dão conta da ocorrência de eventos capazes de macular o pedido de registro do partido requerente". Por esse motivo, ele sugeriu a realização de diligências junto às zonas eleitorais.