Brasil

MPF faz 3 denúncias contra membros da Máfia Italiana

Em um ano, a PF apreendeu 1,3 tonelada de cocaína que seria exportada pelo bando à Europa via Porto de Santos


	Containers no Porto de Santos, onde o carregamento foi apreendido
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Containers no Porto de Santos, onde o carregamento foi apreendido (Paulo Fridman/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2014 às 10h12.

São Paulo - O Ministério Público Federal (MPF) em Santos (SP) apresentou à Justiça mais três denúncias criminais contra integrantes de uma quadrilha internacional de tráfico de drogas desmantelada em março pela Operação Monte Pollino.

Em um ano, a Polícia Federal apreendeu 1,3 tonelada de cocaína que seria exportada pelo bando à Europa via Porto de Santos.

Parte do grupo já havia sido denunciada à Justiça em maio. Agora, o Ministério Público Federal quer a instauração de ações penais contra os envolvidos em três negociações monitoradas durante a investigação.

Segundo o MPF, os denunciados integram uma ampla rede criminosa, com ramificações em diversos países e ligações com a máfia italiana Ndrangheta.

A apuração começou em fevereiro de 2013, quando a Justiça italiana emitiu comunicado às autoridades brasileiras sobre a atuação da quadrilha.

Formalizada a colaboração entre as polícias e os Ministérios Públicos dos dois países, confirmou-se inicialmente a existência da organização criminosa, que adquiria cocaína principalmente de produtores no Peru, transportava o entorpecente até o Porto de Santos, no litoral paulista, e fazia as remessas em navios de carga ao continente europeu, sobretudo para a Itália.

Em abril de 2013, a organização enviou 80 quilos da droga ao porto de Gioia Tauro, na região da Calábria, na Itália. A ação serviu para testar a eficiência da exportação em navios, ao final considerada bem sucedida.

A interceptação legal de mensagens de celular levou à identificação de seis envolvidos no negócio, entre eles um comprador italiano e a mulher responsável pela gestão financeira da quadrilha, citados em uma das novas denúncias.

Outro procedimento lista três pessoas que participaram diretamente da remessa de 269 quilos de cocaína para o Porto de Antuérpia, na Bélgica, em maio do ano passado.

O carregamento foi apreendido ainda em Santos. Dias antes, a Receita Federal havia retido US$ 460 mil no aeroporto de Guarulhos, em posse de duas pessoas encarregadas de efetuar o pagamento da droga.

A partir da troca de mensagens, os investigadores acompanharam a movimentação da quadrilha e chegaram aos tabletes, escondidos em oito malas no interior de um contêiner.

A terceira denúncia refere-se ao esquema desmantelado em agosto de 2013, quando um homem foi preso em flagrante com 61,5 quilos de cocaína em sua casa em Praia Grande, no litoral paulista.

A droga, que estava em um carro, pertencia aos chefes da quadrilha e seria enviada à Europa. As interceptações telefônicas apontam que seis pessoas, entre elas um boliviano e um sérvio, participaram das transações que culminaram com a prisão.

Quando deflagrada a Operação Monte Pollino, os mandados de prisão e de busca foram cumpridos no Brasil e em oito países simultaneamente. Ao longo da investigação, 18 pessoas foram presas.

Acompanhe tudo sobre:Ministério PúblicoPorto de SantosTráfico de drogas

Mais de Brasil

Mais de 600 mil imóveis estão sem luz em SP após chuva intensa

Ao lado de Galípolo, Lula diz que não haverá interferência do governo no Banco Central

Prefeito de BH, Fuad Noman vai para a UTI após apresentar sangramento intestinal secundário

Veja os melhores horários para viajar no Natal em SP, segundo estimativas da Artesp