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MPF denuncia golpe de R$ 23 mi em São Paulo e no Rio

Ministério Público Federal denunciou um empresário pelo desvio de R$ 23 mi de mais de 500 investidores nas duas cidades


	Empréstimos: sócios Wagner Moraes e Wanderley Bertolucci teriam operado uma instituição financeira sem autorização do Banco Central 
 (USP Imagens)

Empréstimos: sócios Wagner Moraes e Wanderley Bertolucci teriam operado uma instituição financeira sem autorização do Banco Central  (USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2014 às 20h52.

São Paulo - O Ministério Público Federal em São Paulo denunciou um empresário pelo desvio de R$ 23 mi de mais de 500 investidores nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo o orgão, os sócios Wagner Moraes e Wanderley Bertolucci teriam operado uma instituição financeira sem autorização do Banco Central e Moraes teria se apropriado de grande parte dos recursos investidos após o fechamento da empresa.

Ambos são acusados de operar, entre 2009 e 2010, a Dinero Consultoria, sem a autorização do Banco Central. De acordo com o Ministério Público, contudo, desde julho de 2010, Wagner Moraes teria induzido ao erro centenas de investidores desviando os recursos da empresa.

Segundo a investigação do MPF, mais de 500 pessoas investiram na consultoria por meio de contratos de empréstimo. A Comissão Valores Mobiliários (CVM), contudo, já havia intimado os sócios sobre a irregularidade do funcionamento da empresa.

A investigação constatou que parte desses investimentos foi direcionada à bolsa de valores de Chicago, nos Estados Unidos; outra parte foi para investimentos imobiliários, agrícolas e no ramo de energia.

Fuga

Ainda de acordo com o órgão, quando as irregularidades vieram à tona, Wagner Moraes armou um esquema para escapar. Ele teria informado aos investidores, por meio de e-mails, que havia uma data final para que todos os resgates fossem pagos; posteriormente, informou que a empresa estava em fase de incorporação por outras empresas de investimentos e passaria por uma auditoria.

Finalmente, informou aos aplicadores que os resgates estavam atrapalhando os trabalhos de auditoria - e que todos deveriam esperar a conclusão dos trabalhos para posteriormente terem informação.

Depois da sequência de e-mails encaminhados aos aplicadores, Moraes não foi mais encontrado e foi constatado que não havia mais dinheiro nas contas bancárias da empresa. Se condenado, Wagner de Aguiar Moraes pode pegar uma pena de até 15 anos de reclusão e multa. Wanderley Dias Bertolucci pode ser condenado a pena de seis anos de reclusão e multa.

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