Acidente: a aeronave da Lamia partiu da cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra rumo a Medellín, em um trajeto de aproximadamente 3 mil km, sem escala para reabastecimento (Polícia de Antioquia/Twitter/Reprodução)
Agência Brasil
Publicado em 5 de dezembro de 2016 às 15h48.
O Ministério Público Federal do Brasil investigará, junto com os ministérios públicos do Bolívia e da Colômbia, as causas do acidente com a avião da Lamia, que levava a delegação da Chapecoense e caiu no dia 29 de novembro próximo a Medellín, na Colômbia.
O procurador-geral da Bolívia, José Guerrero Peñaranda, convidou os representantes brasileiro e colombiano para uma reunião na quarta-feira (7) em Santa Cruz de la Sierra, para analisar o caso "que acabou com a vida dos jogadores da Chapecoense, jornalistas e tripulação".
Segundo a Procuradoria-Geral da República, o procurador-geral, Rodrigo Janot, enviará representante para a reunião.
Peñaranda já fez contato com a unidade de cooperação e relações internacionais para obter dados sobre o acidente. Setenta e uma pessoas morreram e seis ficaram feridas.
A aeronave da Lamia partiu da cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra rumo a Medellín, em um trajeto de aproximadamente 3 mil km, exatamente o mesmo que sua autonomia de voo. Ainda assim, o comandante não fez escalas para reabastecimento.
O governo da Bolívia investiga se a companhia aérea recebeu autorização para operar no país, já que foram encontrados indícios de tráfico de influência e omissão de denúncia.
Um gerente da Lamia teria relações diretas com um servidor da Direção Geral de Aeronáutica Civil (Dgac), agência reguladora de aviação civil boliviana.