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MPE recomenda que São Paulo não feche a Avenida Paulista

Ao longo da semana, o prefeito Fernando Haddad (PT) e o secretário municipal Jilmar Tatto deram declarações confirmando o evento na via


	Inauguração da ciclovia na avenida Paulista: Haddad e Tatto consideram o evento como teste final para implementar a ação em definitivo
 (Tatiana Vaz/EXAME.com)

Inauguração da ciclovia na avenida Paulista: Haddad e Tatto consideram o evento como teste final para implementar a ação em definitivo (Tatiana Vaz/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2015 às 17h23.

São Paulo - Há dois dias da Avenida Paulista ser fechada para automóveis para a inauguração da ciclovia da Avenida Bernardino de Campos, o Ministério Público Estadual (MPE) recomendou nesta sexta-feira, 21, que a Prefeitura não interdite o tráfego do viário neste domingo, 23.

Ao longo da semana, o prefeito Fernando Haddad (PT) e o secretário municipal Jilmar Tatto deram declarações confirmando o evento na via. Eles consideram que será um "teste final" para implementar a ação em definitivo.

A Promotoria de Habitação e Urbanismo alega que se a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) resolver abrir a avenida para ciclistas e pedestres, a administração municipal não poderá realizar a corrida de São Silvestre e o show da Virada, ambos no dia 31 de dezembro.

Caso faça, irá pagar uma multa de R$ 30 mil. Para fazer a recomendação, o MPE usa como justificativa um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com a Prefeitura em 2007.

No documento, a CET se compromete a fazer interdições na avenida em três ocasiões: Parada Gay, São Silvestre e show da Virada. Neste ano a Prefeitura fez interdições na Parada Gay e na inauguração da ciclovia, no dia 28 de junho.

O TAC leva em conta eventos de grande porte, com montagem de estruturas ao longo da via e interdições em outras ruas e avenidas no entorno da Avenida Paulista. Procurada nesta tarde, a Prefeitura não comentou a orientação do MPE.

'Retrocesso'

Em março, a promotora de Habitação e Urbanismo, Camila Mansour Magalhães da Silveira, alegando "retrocesso urbanístico" ganhou uma ação civil pública na Justiça pedindo a interdição das obras de novas ciclovias na cidade.

O MPE chamou jornalistas, ciclistas e cicloativistas para explicar o pedido. Durante a coletiva de imprensa a promotora foi criticada pelas pessoas que estavam presentes e manteve uma postura defensiva. Dias depois, a Prefeitura conseguiu reverter a decisão.

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