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MPE do Rio entra com 16 ações de inelegibilidade

Acusações a candidatos são de abuso de poder econômico, abuso de poder político e uso indevido de meio de comunicação


	Candidatos acionados: se condenados, os réus podem perder o mandato, caso venham a ser eleitos
 (Elza Fiúza/ABr)

Candidatos acionados: se condenados, os réus podem perder o mandato, caso venham a ser eleitos (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2014 às 12h55.

Rio de Janeiro - A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) no Rio de Janeiro recebeu, entre julho e setembro, 2.981 denúncias de irregularidades e propôs, até agora, 16 ações pedindo a cassação do registro e a inelegibilidade de candidatos.

As ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) são contra três candidatos a governador – Anthony Garotinho, com cinco representações; Luiz Fernando Pezão, com três; e Lindbergh Farias, com duas ações – e seis contra candidatos a deputado estadual: Bebeto, Cidinha Campos, Daniele Guerreiro, Fatinha, Gustavo Tutuca e Roberto Henriques.

As acusações são de abuso de poder econômico, abuso de poder político e uso indevido de meio de comunicação. De acordo com o procurador regional eleitoral, Paulo Roberto Bérenger, se condenados, os réus podem perder o mandato, caso venham a ser eleitos.

“O processo vai tramitar no Tribunal Regional Eleitoral e a consequência é que eles podem ser cassados, o diploma ou o registro, dependendo do caso, e ser declarada a inelegibilidade dos candidatos por oito anos. Ainda é cedo para falar em recursos, porque as ações começaram agora, muitos sequer foram notificados para recorrer. É muito difícil essas ações serem julgadas antes da diplomação de qualquer candidato, então, se ele for eleito e a ação for julgada procedente, ele pode perder o cargo”.

Os casos mais comuns são de uso de caravanas eleitorais antes do período permitido para propaganda, uso de centros sociais e promoção pessoal em jornais do interior.

Em nota, a assessoria de imprensa de Lindbergh Farias informa que o candidato está “absolutamente convicto” de que as ações promovidas pela PRE “não têm fundamento jurídico”.

A assessoria de Garotinho informou que nenhuma ação deve prosperar, “porque não são baseadas em provas consistentes”. A assessoria de Pezão informa que o candidato “recorreu dessas ações e confia em resultados favoráveis”.

Mais 325 ações foram propostas pela PRE por propaganda irregular, que gera multa de R$ 2 mil a R$ 8 mil.

Entre as denúncias estão novidades como o envio irregular de mensagens para celular via SMS e WhatsApp, via e-mail e também cartas para a casa de eleitores, pedindo oração para determinados candidatos.

Mas, de acordo com o procurador regional eleitoral auxiliar Maurício da Costa Ribeiro, a maioria das denúncias é de placas e cavaletes deixados em locais proibidos. Para ele, o valor atual da multa é irrisória.

“É uma questão de civilidade, de cidadania, de educação, de conscientização, sobretudo dos partidos políticos quando contratam seus cabos eleitorais. A multa é irrisória, me parece que ela já está embutida na própria propaganda, a impressão que dá é que eles já separam o dinheiro para a multa. Imagina uma placa colocada em via pública, em local que atrapalha a circulação de pedestres, o quanto não é visível para as pessoas, o quanto não propaga o nome desse candidato. Quando ele é pego, a multa que ele vai pagar, de R$ 5 mil, R$ 8 mil é irrisória em relação aos ganhos que ele terá. É uma soma que só prejudica a população”.

A PRE alerta que após as 22 horas de sábado (4), véspera da eleição, fica proibida qualquer tipo de propaganda política, inclusive as placas afixadas em residências particulares e a manifestação silenciosa de eleitores que vestem camisas ou portam bandeiras e adesivos para se dirigir ao local de votação, antes permitida.

Denúncias sobre propaganda eleitoral irregular podem ser feitas pelos telefones 190, da Polícia Militar, e (21) 2253-1177, do Disque-Denúncia.

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