São Paulo - Agentes de investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, estão sendo cedidos para a Prefeitura de São Paulo para combater a chamada "pequena corrupção" - delitos menores, de até R$ 3 mil, cometidos por servidores públicos.
Sob supervisão da Controladoria-Geral do Município (CGM), eles deverão atuar contra corruptos das subprefeituras e das autarquias municipais, principalmente.
Esses agentes são policiais militares que, há mais de uma década, foram cedidos ao MPE para auxiliar promotores de Justiça com investigações de campo, de vigilância e coleta de provas contra criminosos integrantes de quadrilhas organizadas.
Na bagagem, trazem treinamentos específicos de investigação, um deles feito pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), do governo federal, e experiência em investigações contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) e homens da máfia chinesa que atuam no Estado.
O trabalho dos agentes consistirá em seguir suspeitos, mapear e levantar as ações ilegais cometidas por servidores e, também, levantar provas que facilitem a condenação de empresas que atuam como corruptoras.
"É uma determinação do prefeito autuar também as empresas na Lei Anticorrupção", afirmou o controlador-geral do Município, Roberto Porto.
O foco das ações serão servidores que atuam nas 32 subprefeituras da cidade e nas sete autarquias públicas, incluindo a São Paulo Transporte (SPTrans), a Companhia de Processamento de Dados do Município de São Paulo (Prodam) e a São Paulo Turismo (SPTuris).
"Eles vão acompanhar suspeitos e até fazer prisões em flagrante", planeja Porto. "Muitas vezes, a dinâmica das investigações é mais rápida do que a ação com as entidades parceiras", disse o controlador.
Tolerância zero
A proposta é criar uma cultura de "tolerância zero" para a corrupção na cidade. "Coibindo o pequeno delito, aquela propina de menor valor, você impede também o grande esquema de corrupção", disse Porto.
Os primeiros dez agentes devem começar a trabalhar assim que a burocracia relacionada à transferência dos agentes seja resolvida. Eles serão cedidos do MPE para a Controladoria.
Grande parte do órgão é composta por servidores públicos de outros locais, como a Controladoria-Geral da União (CGU), especializados no cruzamento de dados de renda e de patrimônio dos servidores, principal ferramenta da Prefeitura para identificar servidores corruptos.
A cidade de São Paulo foi a primeira, e ainda é uma das únicas, a regulamentar a Lei Anticorrupção, que estabelece multas pesadas para empresas envolvidas nesse crime - com base no faturamento - e prevê até a dissolução de sociedades empresariais.
Segundo interlocutores, o prefeito Fernando Haddad (PT) quer ter casos concretos da aplicação da lei antes do fim de sua gestão.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
-
1. Corrupção no setor público
zoom_out_map
1/40 (Ed Jones/AFP/Getty Images)
São Paulo – Todos os anos, a organização não governamental (
ONG) Transparency International realiza um abrangente estudo sobre a
corrupção mundo afora. Divulgada nesta manhã, a edição 2014 do
Corruption Perpception Index (Índice de Percepção da Corrupção) avaliou 174 países. A partir da opinião de diversos especialistas no tema, são conferidas aos países notas que variam de 0 a 100. Quanto mais próxima de zero for a pontuação, mais corrupto é o setor público daquele lugar. Nesta galeria, foram considerados apenas os países mais problemáticos, de acordo com a sua classificação geral no índice, e os destaques são a
Somália e a
Coreia do Norte. Ambos registraram a nota 8, considerada muito ruim. Juntos, os países ocupam a última posição no ranking, a 174ª. Para a entidade, os resultados mostram que a corrupção é uma realidade global e nenhum país conseguiu atingir a nota máxima. A Dinamarca, por exemplo, que ocupa a 1ª posição da classificação geral, obteve 92 pontos.
Já o Brasil ficou em 69º, com nota 43. Veja nas imagens quais são os países mais corruptos do planeta, segundo a Transparency International.
-
2. Somália
zoom_out_map
2/40 (John Moore/Getty Images)
Classificação geral: 174
Pontuação (2014): 8
Pontuação (2013): 8
-
3. Coreia do Norte
zoom_out_map
3/40 (AFP)
Classificação geral: 174
Pontuação (2014): 8
Pontuação (2013): 8
-
4. Sudão
zoom_out_map
4/40 (Getty Images)
Classificação geral: 173
Pontuação (2014): 11
Pontuação (2013): 11
-
5. Afeganistão
zoom_out_map
5/40 (Omar Sobhani/Arquivo/Reuters)
Classificação geral: 172
Pontuação (2014): 12
Pontuação (2013): 8
-
6. Sudão do Sul
zoom_out_map
6/40 (REUTERS/Andreea Campeanu)
Classificação geral: 171
Pontuação (2014): 15
Pontuação (2013): 14
-
7. Iraque
zoom_out_map
7/40 (Getty Images)
Classificação geral: 170
Pontuação (2014): 16
Pontuação (2013): 16
-
8. Turcomenistão
zoom_out_map
8/40 (STR/AFP/Getty Images)
Classificação geral: 169
Pontuação (2014): 17
Pontuação (2013): 17
-
9. Uzbequistão
zoom_out_map
9/40 (DENIS SINYAKOV/AFP/Getty Images)
Classificação geral: 166
Pontuação (2014): 18
Pontuação (2013): 17
-
10. Líbia
zoom_out_map
10/40 (Mahmud Turkia/AFP)
Classificação geral: 166
Pontuação (2014): 18
Pontuação (2013): 15
-
11. Eritreia
zoom_out_map
11/40 (Wikimedia Commons)
Classificação geral: 166
Pontuação (2014): 18
Pontuação (2013): 20
-
12. Iêmen
zoom_out_map
12/40 (Mohammed Huwais/AFP)
Classificação geral: 161
Pontuação (2014): 19
Pontuação (2013): 18
-
13. Venezuela
zoom_out_map
13/40 (Getty Images)
Classificação geral: 161
Pontuação (2014): 19
Pontuação (2013): 20
-
14. Haiti
zoom_out_map
14/40 (Héctor Retamal/AFP)
Classificação geral: 161
Pontuação (2014): 19
Pontuação (2013): 19
-
15. Guiné-Bissau
zoom_out_map
15/40 (STR/AFP/Getty Images)
Classificação geral: 161
Pontuação (2014): 19
Pontuação (2013): 19
-
16. Angola
zoom_out_map
16/40 (Simon Dawson/Bloomberg)
Classificação geral: 161
Pontuação (2014): 19
Pontuação (2013): 23
-
17. Síria
zoom_out_map
17/40 (Reuters)
Classificação geral: 159
Pontuação (2014): 20
Pontuação (2013): 17
-
18. Burundi
zoom_out_map
18/40 (Wikimedia Commons/Andreas31)
Classificação geral: 159
Pontuação (2014): 20
Pontuação (2013): 21
-
19. Mianmar
zoom_out_map
19/40 (Soe Than WIN/AFP/Getty Images)
Classificação geral: 156
Pontuação (2014): 21
Pontuação (2013): 21
-
20. Zimbábue
zoom_out_map
20/40 (Kate Holt/Bloomberg News/Bloomberg)
Classificação geral: 156
Pontuação (2014): 21
Pontuação (2013): 21
-
21. Camboja
zoom_out_map
21/40 (Getty Images)
Classificação: 156
Pontuação (2014): 21
Pontuação (2013): 20
-
22. República Democrática do Congo
zoom_out_map
22/40 (©afp.com / Phil Moore)
Classificação geral: 154
Pontuação (2014): 22
Pontuação (2013): 22
-
23. Chade
zoom_out_map
23/40 (Getty Images)
Classificação geral: 154
Pontuação (2014): 22
Pontuação (2013): 19
-
24. Congo
zoom_out_map
24/40 (Kenny Katombe/Reuters)
Classificação geral: 152
Pontuação (2014): 23
Pontuação (2013): 22
-
25. Paraguai
zoom_out_map
25/40 (Motorway065/Wikimedia Commons)
Classificação geral: 150
Pontuação (2014): 24
Pontuação (2013): 24
-
26. República Centro Africana
zoom_out_map
26/40 (Daniel Flynn/Reuters)
Classificação geral: 150
Pontuação (2014): 24
Pontuação (2013): 25
-
27. Papua Nova Guiné
zoom_out_map
27/40 (Chris Hyde/Getty Images)
Classificação geral: 145
Pontuação (2014): 25
Pontuação (2013): 25
-
28. Quênia
zoom_out_map
28/40 (Getty Images)
Classificação geral: 145
Pontuação (2014): 25
Pontuação (2013): 27
-
29. Guiné
zoom_out_map
29/40 (AFP)
Classificação geral: 145
Pontuação (2014): 25
Pontuação (2013): 24
-
30. Bangladesh
zoom_out_map
30/40 (REUTERS/Andrew Biraj)
Classificação geral: 145
Pontuação (2014): 25
Pontuação (2013): 27
-
31. Laos
zoom_out_map
31/40 (Andy Wright/ WikimediaCommons)
Classificação geral: 145
Pontuação (2014): 25
Pontuação (2013): 26
-
32. União das Comores
zoom_out_map
32/40 (Sascha Grabow / Wikipedia)
Classificação geral: 142
Pontuação (2014): 26
Pontuação (2013): 28
-
33. Uganda
zoom_out_map
33/40 (Getty Images)
Classificação geral: 142
Pontuação (2014): 26
Pontuação (2013): 26
-
34. Nigéria
zoom_out_map
34/40 (Afolabi Sotunde/Reuters)
Classificação geral: 136
Pontuação (2014): 27
Pontuação (2013): 25
-
35. Líbano
zoom_out_map
35/40 (Getty Images)
Classificação geral: 136
Pontuação (2014): 27
Pontuação (2013): 28
-
36. Quirguistão
zoom_out_map
36/40 (Wikimedia Commons / alexeya)
Classificação geral: 136
Pontuação (2014): 27
Pontuação (2013): 24
-
37. Rússia
zoom_out_map
37/40 (Getty Images/Andreas Rentz)
Classificação geral: 136
Pontuação (2014): 27
Pontuação (2013): 28
-
38. Irã
zoom_out_map
38/40 (AFP)
Classificação geral: 136
Pontuação (2014): 27
Pontuação (2013): 25
-
39. Camarões
zoom_out_map
39/40 (foto/Wikimedia Commons)
Classificação: 136
Pontuação (2014): 27
Pontuação (2013): 25
-
40. Agora veja os países mais impactados por atos terroristas
zoom_out_map
40/40 (Getty Images)