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MP vai ampliar investigações sobre propina na Petrobras

As suspeitas são de danos aos cofres públicos, gestão temerária ou ato/gestão antieconômica


	Petrobras: segundo informações da "Época", foi cobrada comissão, repartida entre políticos e funcionários da estatal, para fechar negócios com a área internacional
 (Renzo Gostoli/Bloomberg)

Petrobras: segundo informações da "Época", foi cobrada comissão, repartida entre políticos e funcionários da estatal, para fechar negócios com a área internacional (Renzo Gostoli/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 17h52.

Rio - O Ministério Público (MP) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) vai ampliar as investigações de suspeitas de irregularidades na Petrobras, indo além do processo já aberto sobre caso da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). As suspeitas são de danos aos cofres públicos, gestão temerária ou ato/gestão antieconômica.

O procurador Marinus Marsico vai requisitar à estatal documentação referente aos três contratos mencionados pelo ex-funcionário da Petrobras João Augusto Henriques, em declarações publicadas na última edição da revista "Época".

Segundo as informações da revista, foi cobrada uma comissão, repartida entre políticos e funcionários da estatal, para fechar negócios com a área internacional.

Marsico vai pedir os documentos sobre a refinaria de San Lorenzo, vendida pela Petrobras na Argentina; sobre a contratação do navio-sonda da empresa Vantage, e sobre o contrato com a Odebrecht para área de segurança e meio ambiente em dez países.

Henriques negou parte das informações posteriormente, em comunicado à imprensa.

Este último contrato da Odebrecht, de US$ 825 milhões, caiu na auditoria interna da Petrobras e foi reduzido à metade no início do ano, conforme revelou em junho o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

"Vamos estender a investigação de Pasadena a estes três contratos e outros que possam surgir", disse Marsico.

Segundo ele, as investigações podem levar à abertura de um novo processo ou ampliar o já existente sobre Pasadena. O procurador enviou representação ao TCU em fevereiro para que apure responsabilidade da companhia de Pasadena por US$ 1,18 bilhão, acima do preço de mercado.

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