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MP-SP apura se Odebrecht pagou propina em obras do metrô

Ministério Público vai investigar se a Odebrecht também pagou comissões em contratos das linhas 2 (verde) e 4 (amarela) do Metrô de São Paulo


	Metrô de são Paulo: Lava Jato identificou mais de 20 e-mails do "setor de propina" da Odebrecht referente a pagamentos das obras
 (ALEXANDRE BATTIBUGLI/EXAME/Site Exame)

Metrô de são Paulo: Lava Jato identificou mais de 20 e-mails do "setor de propina" da Odebrecht referente a pagamentos das obras (ALEXANDRE BATTIBUGLI/EXAME/Site Exame)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2016 às 09h13.

São Paulo - A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, braço do Ministério Público de São Paulo, decidiu abrir três linhas de investigação para apurar se a Odebrecht também pagou comissões em contratos das linhas 2-Verde e 4-Amarela do Metrô de São Paulo, da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) e da Prefeitura, relacionado a um contrato para processamento de lixo na capital paulista.

Cada linha de investigação foi dividida em um procedimento distinto e distribuída.

O material, com base em reportagens que revelaram os e-mails de executivos da empreiteira indicando pagamentos relacionados a obras, deve chegar nesta quarta-feira, 5, ao gabinete de cada investigador.

A partir daí, os promotores devem decidir se instauram um inquérito civil para investigar as suspeitas de corrupção em cada caso.

No caso do Metrô, a Lava Jato identificou mais de 20 e-mails do Setor de Operações Estruturadas da empreiteira - "departamento de propinas" - com referências a pagamentos nas obras das linhas 2 e 4 do metrô.

Em relação à EMTU, a PF identificou um e-mail de Benedicto Barbosa Junior, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, ao então presidente do Grupo Odebrecht Marcelo Bahia Odebrecht solicitando autorização para o "programa" de pagamentos "relacionado a EMTU" em 2006.

A Promotoria do Patrimônio Público é responsável por investigações no âmbito cível, e os inquéritos não têm caráter criminal.

Em nota, a Secretaria de Transportes de São Paulo informou que o Metrô e a EMTU desconhecem qualquer irregularidade. "As empresas estão à disposição para colaborar com as investigações."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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