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MP pede transferência de Cabral para presídio de Bangu

O MP-RJ investiga a instalação de uma televisão de 65 polegadas e um home theater em uma sala da cadeia pública de Benfica

Cabral: o equipamento seria uma doação da Igreja Batista do Méier (VEJA.com/VEJA)

Cabral: o equipamento seria uma doação da Igreja Batista do Méier (VEJA.com/VEJA)

AB

Agência Brasil

Publicado em 18 de dezembro de 2017 às 21h27.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu hoje (18) a transferência do ex-governador Sérgio Cabral para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, e o afastamento de Fábio Ferraz Sodré, diretor da cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, onde estão os presos da Operação Calicute.

Além de Cabral e Fábio Sodré foram denunciados também Nilston Cesar Vieira da Silva, Sandro Fernandes Figueiredo e Alessandra de Oliveira Rosa na investigação sobre a instalação de uma televisão de 65 polegadas e um home theater em uma sala da cadeia pública de Benfica. O episódio do home theater veio a público em outubro.

O equipamento seria uma doação da Igreja Batista do Méier, segundo divulgou inicialmete a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). No entanto, a instituição esclareceu que não autorizou doação de aparelho eletrônico a qualquer complexo penitenciário.

Segundo o MP, para encomendar os equipamentos, três religiosos foram enganados por Cabral e acabaram assinando o documento. De acordo com a denúncia do MPRJ, a senhora Clotildes de Moraes, de 78 anos e mais de 21 anos de serviços prestados à capelania prisional, foi uma das envolvidas no esquema. Para enganá-la, o ex-governador disse que "precisava apenas de um documento formal, porque os equipamentos foram comprados através de uma arrecadação entre os detentos".

A defesa de Sérgio Cabral afirmou, por meio de nota, que a denúncia é inconsistente e o pedido de transferência do ex-governador não tem base legal.

"Ele está preso à disposição da Justiça Federal, que tem jurisdição sobre os processos nos quais sua prisão foi efetivamente decretada. Além disso, eventual acolhimento do pedido acusatório conflitaria com os termos da decisão liminar dada pelo STF [Supremo Tribunal Federal] sobre o mesmo tema".

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