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MP gaúcho quer análise de erva-mate exportada ao Uruguai

Objetivo é verificar em quais condições o Ministério da Saúde Pública do Uruguai detectou excesso de metais pesados no produto


	Chimarrão: autoridades uruguaias teriam retirado do mercado 200 toneladas de erva-mate produzidas no Brasil
 (Flickr Commons / Juan Pablo Olmo)

Chimarrão: autoridades uruguaias teriam retirado do mercado 200 toneladas de erva-mate produzidas no Brasil (Flickr Commons / Juan Pablo Olmo)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2014 às 18h55.

A erva-mate produzida no Rio Grande do Sul e exportada para o Uruguai será analisada a pedido do Ministério Público Estadual gaúcho.

O objetivo é verificar em quais condições o Ministério da Saúde Pública do país vizinho detectou excesso das substâncias chumbo e cádmio, metais pesados, no produto.

O questionamento teve início em maio, depois que o jornal uruguaio El Pais publicou uma reportagem dizendo que as autoridades daquele país haviam retirado do mercado 200 toneladas de erva-mate produzidas no Brasil por causa da presença de níveis de chumbo superiores ao tolerado.

Ainda não se revelou quais municípios teriam produzido a erva-mate em questão.

No Rio Grande do Sul, a produção de erva-mate é controlada e passa por constantes análises que não demonstraram resultados insatisfatórios em relação aos metais citados.

Fontes ligadas ao setor acreditam que a diferença de legislação entre ambos os países pode ter causado o imbróglio. Eles também não descartam a hipótese de uma disputa comercial, já que a Argentina estaria de olho no mercado uruguaio.

Em junho, o Ministério Público da cidade gaúcha de Arvorezinha, no Vale do Taquari - principal região produtora de erva-mate no Rio Grande do Sul -, instaurou um inquérito civil para investigar a situação.

Laboratório

Depois de encontro, na última sexta-feira, com representantes da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul (Seapa), ficou determinado que amostras do produto serão analisadas.

Além de passar pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), as amostras do produto também serão enviadas para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com o objetivo de verificar a quantidade dos metais e também se há adição de açúcar, em descompasso com o que as embalagens informam.

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