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MP encontra R$ 72 mil em casa de fiscal

Notas estavam num cofre apreendido num apartamento em Santos, no litoral do Estado, de propriedade do auditor Ronilson Bezerra Rodrigues


	Funcionários trabalham na construção de um prédio residencial em São Paulo:operação desmantelou máfia do Imposto Sobre Serviços na Prefeitura da capital
 (Nacho Doce/Reuters)

Funcionários trabalham na construção de um prédio residencial em São Paulo:operação desmantelou máfia do Imposto Sobre Serviços na Prefeitura da capital (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 17h50.

São Paulo - O Ministério Público Estadual (MPE) de São Paulo encontrou um novo pacote de dinheiro no material apreendido em 30 de outubro, quando a operação que desmantelou a máfia do Imposto Sobre Serviços (ISS) na Prefeitura da capital paulista foi deflagrada. A descoberta ocorreu na manhã desta quinta-feira, 12.

As notas estavam num cofre apreendido num apartamento em Santos, no litoral do Estado, de propriedade do auditor Ronilson Bezerra Rodrigues, apontado como chefe da quadrilha. A grande quantidade de documentos e pastas colhidas naquele dia, em endereços da capital paulista, litoral, Rio e Minas Gerais, ainda é aberta e analisada pelos promotores do caso.

Ao todo, de acordo com o MPE, foram descobertos R$ 72,7 mil em cédulas. O cofre foi aberto na presença do advogado de Rodrigues. É a segunda vez que os investigadores do caso encontram dinheiro no material apreendido dele. Há duas semanas, outros R$ 88 mil foram achados num cofre confiscado do chamado "ninho da corrupção" - uma sala comercial no Largo da Misericórdia usada por Rodrigues. O dinheiro será doado a instituições de caridade.

Uma testemunha protegida ouvida pelo Ministério Público afirmou nesta quarta-feira, 11, que o auditor participava de outros esquemas ilegais além da máfia do ISS e que ele movimentava, ao todo, cerca de R$ 6 milhões por semana em operações clandestinas. O MPE formalizou nesta quinta-feira uma parceria com a Polícia Civil para ter ajuda nas investigações, dada a quantidade de empresas e funcionários públicos relacionados ao esquema. É preciso destrinchar 410 obras civis suspeitas de terem sido beneficiadas pelo esquema, num número ainda não determinado de incorporadoras envolvidas.

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