O levantamento prévio pode culminar em oferecimento de denúncia ou em arquivamento do procedimento, caso não haja indícios suficientes de irregularidade (José Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2013 às 21h32.
Brasília - A Procuradoria da República no Distrito Federal (PR-DF) decidiu investigar o uso de avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Há suspeita de que ele cometeu improbidade administrativa ao usar o avião para ir ao casamento da filha do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), em Trancoso, na Bahia.
A investigação preliminar pode durar 90 dias, prorrogáveis pelo mesmo prazo. O levantamento prévio pode culminar em oferecimento de denúncia ou em arquivamento do procedimento, caso não haja indícios suficientes de irregularidade. A PR-DF já pediu informações ao senador e ao ministro da Defesa, Celso Amorim.
O pedido de informações foi encaminhado por meio da Procuradoria-Geral da República para atender a exigências legais. As apurações, no entanto, continuarão correndo em primeira instância, uma vez que a suspeita é relativa à área cível, e não à área criminal.
O Ministério Público do DF também está investigando o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), por suspeita de uso indevido de aeronave da FAB para assistir ao jogo do Brasil no final da Copa das Confederações, no Rio de Janeiro. As apurações começaram no dia 5 de julho, com pedido de informações ao parlamentar e ao comandante da Aeronáutica.
A PR-DF confirmou que recebeu outro pedido de investigação relativo ao ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho. Segundo informações preliminares, ele também usou avião da FAB para assistir à final da Copa das Confederações.