Massacre em Suzano: dez pessoas morreram, sendo duas funcionárias da escola, cinco alunos e um comerciante, em março (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 4 de junho de 2019 às 18h27.
Última atualização em 4 de junho de 2019 às 18h30.
O Ministério Público de São Paulo denunciou quatro pessoas por participação no massacre ocorrido na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano (SP), em março deste ano. Segundo o promotor de Justiça Rafael Ribeiro do Val, que fez a denúncia, todos eles tiveram participação na venda de armas e munições para os dois atiradores.
Um dos denunciados teria negociado a venda de munições diretamente aos dois atiradores, como também intermediou a compra da arma de fogo utilizada nos crimes. Outro denunciado seria o responsável pela venda da arma de fogo com numeração parcialmente suprimida. Os demais venderam munições aos atiradores.
O promotor solicitou a prisão preventiva dos quatro denunciados, ressaltando que a medida é necessária para a garantia da ordem pública, sobretudo "quando toda a sociedade trava uma batalha contra o aumento indiscriminado da violência, exigindo (...) uma resposta rápida e eficaz do Judiciário".
Caso a denúncia seja aceita, os quatro vão responder por tentativas de homicídio e homicídios consumados.
O ataque à escola, ocorrido na manhã do dia 13 de março, foi provocado por dois ex-alunos - um adolescente de 17 anos e um rapaz de 25 anos - encapuzados e armados. Dez pessoas morreram, sendo duas funcionárias da escola, cinco alunos, um comerciante, tio de um dos atiradores, e os dois atiradores. O atentado deixou ainda 11 feridos.