Em protesto, moradores da Rocinha e parentes de Amarildo de Souza cobram informações sobre o desaparecimento do pedreiro (Fernando Frazão/ABr)
Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2014 às 13h17.
Rio - Quatro policiais militares acusados de participação no desaparecimento e morte do pedreiro Amarildo de Souza, em 2013, voltaram a ser denunciados pelo Ministério Público do Estado do Rio e pelo Ministério Público Militar.
O major Edson Raimundo dos Santos, o tenente Luiz Felipe de Medeiros e os soldados Newland de Oliveira e Silva Júnior e Bruno Medeiros Athanasio são, agora, acusados de pagar a duas testemunhas para que apontassem, em depoimentos formais, traficantes da favela da Rocinha, na zona sul do Rio como assassinos de Amarildo.
De acordo com a denúncia dos promotores, os policiais militares deram R$ 500 e R$ 850 para as testemunhas acusarem o traficante Thiago da Silva Neris, o Catatau, pelo crime.
O diálogo telefônico entre o suposto Catatau e um PM foi combinado, segundo os promotores. Na conversa, Catatau diz que Amarildo foi morto pelo tráfico.
Uma perícia na gravação feita pelos investigadores concluiu que um outro policial militar fingiu ser o traficante na conversa, em uma tentativa de enganar os responsáveis pelo inquérito policial. Os depoimentos falsos das testemunhas viriam confirmar o teor do diálogo montado.