São Paulo - O Ministério Público Eleitoral manifestou-se nesta quarta-feira pela aprovação com ressalvas das contas da campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff e do comitê eleitoral petista, após técnicos do Tribunal Superior Eleitoral se manifestarem pela rejeição das contas.
Nos pareceres encaminhados ao ministro Gilmar Mendes, relator da prestação de contas da campanha que reelegeu Dilma no TSE, a Procuradoria Geral Eleitoral afirma que os técnicos do tribunal adotaram "excessivo rigor formal" e que falhas de prestação de contas apontadas como graves pelos técnicos, na avaliação da PGE, "não comprometeram a regularidade das contas".
"Parecer para que sejam aprovadas as contas com ressalvas", afirmam os dois pareceres --o referente as contas da campanha de Dilma e a prestação do comitê petista.
Reeleita em segundo turno em outubro, Dilma pode ser diplomada mesmo que as contas de sua campanha sejam rejeitadas, embora a rejeição das contas da campanha abra espaço para um questionamento judicial do diploma dado à Dilma.
A diplomação da presidente está marcada para o dia 18. Sem isso, a presidente não pode tomar posse para um segundo mandato.
Mendes deve levar em conta tanto os pareceres dos técnicos do TSE, quanto do Ministério Público para elaborar seu voto. A previsão é de que o TSE julgue as contas da campanha petista em sessão na noite desta quarta-feira.
*Atualizada às 18h37 do dia 10/12/2014
-
1. Contas
zoom_out_map
1/12 (Ricardo Moraes/Reuters)
São Paulo - A campanha presidencial das e
leições 2014 custou 630 milhões de reais aos 11 candidatos que participaram da disputa.
Dilma Rousseff (PT) e
Aécio Neves (PSDB), que chegaram ao segundo turno, são responsáveis por 91% dos gastos. A presidente reeleita foi a que acumulou o maior montante de despesas com a campanha. No total, foram 350,5 milhões de reais. Já Aécio gastou 223,4 milhões de reais, de acordo com os dados informados ao TSE. Boa parte das despesas das duas campanhas foi custeada com doações de grandes empresas como
JBS,
Itaú Unibanco e
OAS. Dilma arrecadou
350,8 milhões de reais em doações e Aécio, outros 222,9 milhões de reais. Entre os 11 candidatos que disputaram o primeiro turno, houve quem tenha saído da campanha no vermelho. A maior dívida é a do Pastor Everaldo, que ficou com um saldo negativo em 6,4 milhões de reais. A campanha de Aécio Neves também terminou devendo: faltaram 550 mil reais para as contas fecharem. Teve também quem tenha feito uma campanha mais modesta. Rui Costa Pimenta, candidato do PCO, gastou apenas 10,5 mil reais com a corrida pelo Planalto - 0,03% do que foi gasto na campanha de Dilma Rousseff. O levantamento foi feito usando os dados divulgados pelo
TSE das doações feitas nominalmente aos candidatos -
tanto realizadas em valores quanto em troca de serviços. Veja nas fotos quanto cada candidato à presidência recebeu em doações e quanto gastou na campanha deste ano.
-
2. Dilma Rousseff (PT)
zoom_out_map
2/12 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
-
3. Aécio Neves (PSDB)
zoom_out_map
3/12 (Geraldo Magela/Agência Senado)
-
4. Marina Silva (PSB)
zoom_out_map
4/12 (Vagner Campos/MSILVA Online)
-
5. Luciana Genro (PSOL)
zoom_out_map
5/12 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
-
6. Eduardo Jorge (PV)
zoom_out_map
6/12 (Divulgação/Facebook Oficial)
-
7. Levy Fidelix (PRTB)
zoom_out_map
7/12 (REUTERS/Nacho Doce)
-
8. Pastor Everaldo (PSC)
zoom_out_map
8/12 (Divulgação/Facebook/Pastor Everaldo)
-
9. Eymael (PSDC)
zoom_out_map
9/12 (Divulgação/PSDC)
-
10. Zé Maria (PSTU)
zoom_out_map
10/12 (Divulgação / Facebook Zé Maria)
-
11. Mauro Iasi (PCB)
zoom_out_map
11/12 (Divulgação/Creative Commons/PCB)
-
12. Rui Costa Pimenta (PCO)
zoom_out_map
12/12 (Divulgação / PCO)