Linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo: trem K07 teve falhas de fechamento numa das portas, o que o fez ficar parado na Estação Sé em pleno horário de pico (LUIZ AYMAR/VIAGEM E TURISMO)
Da Redação
Publicado em 7 de fevereiro de 2014 às 15h52.
São Paulo - O presidente da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), Luiz Antônio Carvalho Pacheco, terá dez dias para se manifestar sobre a paralisação que fechou dez das 18 estações da Linha 3-Vermelha na terça-feira, 4.
O prazo foi dado pelo Ministério Público Estadual (MPE), que anunciou nesta sexta-feira, 7, ter reaberto um inquérito civil para investigar panes nos trens do sistema metroviário da capital paulista.
O promotor de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital César Dario Mariano da Silva pediu a Pacheco cópia da licitação e do contrato de reforma da frota K de trens, a mesma à qual pertence a composição que principiou o tumulto nesta semana.
O trem K07 teve falhas de fechamento numa das portas, o que o fez ficar parado na Estação Sé em pleno horário de pico, desencadeando lentidão por todo o ramal.
Passageiros em outras composições, que ficaram paradas durante até 30 minutos e sem ar condicionado, acionaram botões de emergência para sair dos vagões superlotados.
Passageiros andaram nas vias, o que obrigou o Metrô a desenergizá-las. A Promotoria também quer do presidente do Metrô o "relatório de problemas técnicos sofridos pelos trens desse lote" de 2012 até agora, "discriminando-os, objetivamente, de acordo com o número do trem e indicando a data do problema e a solução dada".
Nomes de agentes públicos que contrataram a manutenção dos trens que tiveram dificuldades na terça-feira também terão de ser remetidos ao MPE, para análise.
Silva também dirigirá ofício ao presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino de Melo Prazeres Júnior, para que ele preste esclarecimentos sobre a paralisação em dez dias.