O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) (Reprodução/Getty Images)
Talita Abrantes
Publicado em 19 de setembro de 2014 às 14h41.
São Paulo – O Ministério Público Federal em Brasília entrou com uma ação contra o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB) por improbidade administrativa, segundo informações do jornal O Estado de São Paulo.
De acordo com a Procuradoria da República no Distrito Federal, o senador teria recebido propina da empreiteira Mendes Júnior durante 2005 e 2007, quando presidiu o Senado pela primeira vez.
Em troca, ele elaboraria emendas que beneficiariam a construtora, como a construção do cais de contêineres no Porto de Maceió, segundo o jornal.
O caso foi revelado em 2007 após acusação de Mônica Veloso, com quem tinha um caso extraconjugal. Para não ser cassado, Renan, então, renunciou à presidência do Senado. No ano passado, com 56 votos, ele voltou ao comando da Casa.
Alguns dias antes de voltar à presidência do Senado, Renan foi alvo de denúncia do então procurador da República Roberto Gurgel por peculato, uso de documento falso e falsidade ideológica. A ação foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal.
A denúncia do MP trata do mesmo caso, agora, na esfera cível, segundo a reportagem. De acordo com a ação, a empreiteira teria pago, por meio do lobista Cláudio Gontijo, 246 mil reais à jornalista Mônica Veloso, com quem Renan tem uma filha.
A ação foi apresentada na 14º Vara Federal do Distrito Federal no último dia 2. Se condenado, o senador pode perder o cargo, além de ressarcir todos os danos causados, segundo o jornal.
O nome de Renan Calheiros também estaria entre os políticos citados por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, por envolvimento em esquema de corrupção na Petrobras, segundo a revista VEJA.