Olimpíada: manifestações foram batizadas de "Jornada Jogos da Exclusão" (Divulgação / Site Pastoral do Esporte do Rio)
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2016 às 08h37.
Rio - Enquanto a cidade recebe a cada dia mais turistas, atletas e autoridades, uma delegação de insatisfeitos com a organização da Olimpíada se mobiliza para uma maratona de debates, vigílias e protestos que vão da próxima segunda-feira, dia 1º, até sexta-feira, dia 5, quando o Maracanã será palco da festa de abertura dos Jogos.
As manifestações foram batizadas de "Jornada Jogos da Exclusão".
Duas passeatas estão programadas para sexta-feira. Pela manhã, na Praia de Copacabana, zona sul, e à tarde, nas imediações do Maracanã, zona norte. Antes disso, o centro foi escolhido para as manifestações.
"Não somos contra a Olimpíada como jogos e confraternização. Somos contra a transformação da Olimpíada em grandes negócios, com a forma arbitrária como foram tomadas as decisões e com o fato de a cidade privilegiar os grandes grupos econômicos. Também estamos de acordo com a pauta do "Fora Temer", disse Giselle Tanaka, que desde 2011 integra o Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas do Rio e que faz parte do movimento Jogos da Exclusão, que organiza os protestos.
Os manifestantes denunciam as remoções de famílias para obras olímpicas, o abandono de antigos estádios, como o Célio de Barros, de atletismo, no Maracanã (fechado em 2013), a concessão do principal estádio da cidade à iniciativa privada, promessas não cumpridas de melhorias ambientais e a segurança da cidade feita pelas Forças Armadas.
"Vamos mostrar um conjunto de violações cometidas em nome da Olimpíada. Estamos lutando com poucos ao nosso lado, a mídia está engessada, só presta atenção no que é para turista ver. Mas não deixamos de lutar.
"A gente esperava tudo dessa Olimpíada, menos perder a nossa casa, que é o Célio de Barros", disse Edneida Freire, treinadora de atletismo que trabalha em projetos sociais para jovens de baixa renda.