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Motorista que levava turista à Rocinha diz não ter visto bloqueio

A PM informou mais cedo que o automóvel onde a turista espanhola estava furou o bloqueio de policiais e que, por isso, eles atiraram

Carlos Zanineta: motorista disse à polícia não ter visualizado o bloqueio policial de dentro do carro (Ricardo Moraes/Reuters/Reuters)

Carlos Zanineta: motorista disse à polícia não ter visualizado o bloqueio policial de dentro do carro (Ricardo Moraes/Reuters/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de outubro de 2017 às 19h49.

Última atualização em 23 de outubro de 2017 às 21h31.

Rio - O motorista que levava a turista espanhola Maria Esperanza Ruiz para a favela da Rocinha, na manhã desta segunda-feira, 23, disse à Polícia Civil não ter visualizado o bloqueio policial de dentro do carro, que tem película escura nos vidros.

A Polícia Militar informara mais cedo que o automóvel furou o bloqueio de policiais e que, por isso, eles atiraram, matando a turista. Maria Esperanza foi atingida na região do pescoço; tudo indica que tenha sido um disparo de fuzil.

O delegado Fabio Cardoso, da Delegacia de Homicídios do Rio, onde ficarão concentradas as investigações, disse que informações preliminares dão conta de que "o motorista não viu a suposta blitz".

"Foi ouvido o disparo e a turista caiu dentro do carro. A irmã dela estava no carro e disse que também não viu o bloqueio", afirmou o delegado, que já mandou apreender três fuzis usados pelos PMs.

"Uma turista vir ao Rio e ser assassinada é inadmissível. A gente vai identificar e colocar na cadeia quem fez essa covardia. Até o fim da tarde teremos pessoas identificadas e presas. Mas qualquer divulgação prematura pode ser leviana, pode levar a pré-julgamentos. Vamos ver a dinâmica, se havia ou não blitz, se era visível ou não."

Serão ouvidos a irmã da vítima, o motorista - que é brasileiro, segundo o delegado - e os PMs. As identidades e patentes não foram divulgadas.

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