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Motorista fura bloqueio e atropela manifestantes contra Temer

O caso ocorreu no cruzamento das avenidas Anhanguera e Goiás, um ponto crítico do trânsito goianiense, pouco antes das 18h

Protestos: a motorista tentou passar à força e acabou perseguida por manifestantes revoltados (Ueslei Marcelino/Reuters)

Protestos: a motorista tentou passar à força e acabou perseguida por manifestantes revoltados (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de maio de 2017 às 22h50.

Goiânia - Um casal de manifestantes foi atropelado por uma motorista que furou um bloqueio durante marcha que pedia a renúncia do presidente Michel Temer no final da tarde desta quinta-feira, 18.

O caso ocorreu no cruzamento das avenidas Anhanguera e Goiás, um ponto crítico do trânsito goianiense, pouco antes das 18 horas.

Os manifestantes iniciaram o protesto por volta das 16 horas, e ele seguia pacífico. Com o bloqueio do trânsito, a motorista tentou passar à força e acabou perseguida por manifestantes revoltados.

Eles desferiram murros e chutes no veículo. Imagens de câmeras de segurança do local mostram que a mulher acelerou e acabou arrastando duas pessoas que estavam na frente do carro, tentando impedir a passagem.

O casal foi arrastado por alguns metros. A jovem Andreza Carneiro, de 22 anos, ficou presa embaixo do veículo e sofreu várias escoriações. O marido dela, ainda não identificado, também saiu com escoriações.

A motorista ainda deu ré, mas foi parada pela multidão de manifestantes. A mulher acabou presa e conduzida para a Central de Flagrantes da Polícia Civil.

Ela teria alegado que não entendeu o que estava ocorrendo no local do bloqueio e apenas acelerou o veículo, onde seguia com um acompanhante.

Os feridos receberam atendimento médico na rua. Os são ligados ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que participou da manifestação convocada por centrais sindicais.

O casal foi levado para o Hospital de Urgências de Goiânia e não corre risco de morte.

O cruzamento onde o atropelamento ocorreu é o mesmo onde o estudante Mateus Ferreira da Silva foi agredido por um policial militar na manifestação do dia 28 de abril.

Na quarta-feira, 17,ele voltou a ser internado no Hugo para preenchimento dos ossos do rosto que foram fraturados pelo cassetete do PM.

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