O app alegou ainda repudiar veemente e ter política de tolerância zero a qualquer forma de violência (Redes Sociais/Reprodução)
Agência de notícias
Publicado em 2 de maio de 2023 às 10h19.
O motorista Christopher Rodrigues foi banido do aplicativo de corridas particulares 99, depois de matar um homem de 21 anos e publicar vídeos debochando do morto nas redes sociais. A informação foi divulgada, nesta terça-feira, pelo jornal O Tempo. O caso aconteceu no dia 25 de abril, no Viaduto Júlio Mesquita Filho, na cidade de São Paulo.
Em posicionamento, a empresa informou que Christopher era cadastrado na plataforma, mas destacou que o episódio não aconteceu durante uma corrida pela 99. O app alegou ainda repudiar veemente e ter política de tolerância zero a qualquer forma de violência. Por esse motivo, afirmou que o condutor teve o perfil bloqueado permanentemente na plataforma.
Nas imagens compartilhadas por Rodrigues nas redes, é possível ver o corpo da vítima do atropelamento embaixo do carro.
— Infelizmente, Lúcifer Morning Star (referência a personagem da DC Comics inspirado em figura satânica) recebeu mais um membro da equipe. Agora eu vou para a delegacia assinar um assassinato. Mentira, Deus é mais. — diz Rodrigues em uma das gravações, antes de continuar — Eu acho engraçado que logo em seguida já chegou Direitos Humanos, as meninas da PUC de Direito, falando 'Tira o carro de cima do cara'. Eu: 'Não, vai ficar aí até a polícia chegar' (...) Não posso tirar o carro, senão o cara foge.
"Mais TV, acho que vou ficar famoso", diz a legenda de um dos vídeos. Em outro trecho, Rodrigues aparece sorridente junto a frase "Acho que vou chorar". Mais de uma vez, ele faz referência a apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como quando mostra seu carro parado sobre a vítima com os dizeres "Menos um fazendo o L".
Segundo as autoridades, o caso foi classificado "como furto e morte suspeita/acidental no plantão do 78º Distrito Policial". Ainda de acordo com a Polícia Civil, uma pessoa disse ter sido furtada pelo homem, que teria sido atropelado enquanto fugia.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, em sua versão sobre o atropelamento, Christopher Rodrigues relatou estar dirigindo seu carro modelo Ford Ka no viaduto Júlio Mesquita Filho, sentido leste, a 50 km/h. Ele diz ter visto uma pessoa correndo na contramão, mas que desconhecia o motivo. Rodrigues afirma não ter conseguido frear a tempo da colisão.
No depoimento, ele diz ainda ter descido do carro "prontamente para socorrer". Em seguida, uma terceira pessoa apareceu na cena afirmando ter sido roubada pela vítima do atropelamento. Ainda segundo a versão do motorista, o homem ainda estava vivo logo após o acidente, com a perna torcida e sangrando embaixo do carro. O socorro demorou cerca de 15 minutos, relatou