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Mortes por agentes do Estado crescem 23% no Rio de Janeiro em abril

O aumento vai na contra mão do número de vítimas de homicídios dolosos e do número de roubos de cargas e veículos no estado do Rio de Janeiro

No último mês, 356 pessoas foram vítimas de homicídio doloso (Tomaz Silva/Agência Brasil)

No último mês, 356 pessoas foram vítimas de homicídio doloso (Tomaz Silva/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 20 de maio de 2019 às 16h59.

O estado do Rio de Janeiro apresentou, em abril, um aumento de 23% nos indicadores de mortes por intervenção de agente do Estado, se comparado ao mesmo mês de 2018. Foram 124 registros, mas em relação a março deste ano, houve queda de 4%.

Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP) do estado, as mortes por intervenção de agente do Estado vêm caindo mês a mês desde o começo do ano. Em janeiro foram 160 mortes, em fevereiro 145 e em março, 129 mortes.

Ainda de acordo com o ISP, nos quatro primeiros meses de 2019, as polícias Civil e Militar apreenderam 2.904 armas no estado, o que significa menos 24 armas de fogo nas ruas por dia. O ISP destacou ainda a apreensão de 241 fuzis, sendo dois fuzis tirados das mãos dos criminosos por dia este ano.

"Quando consideramos o acumulado dos quatro primeiros meses, as apreensões de fuzis de 2019 foram as maiores dos últimos 12 anos", informou o ISP.

Crimes contra a vida

Também em abril 356 pessoas foram vítimas de homicídio doloso. O número representa queda de 25% nos indicadores desse tipo de crime contra a vida, se comparado ao mesmo período do ano passado. Conforme o ISP, esse foi o menor número para o mês nos últimos quatro anos. Na comparação trimestral - de fevereiro a abril -, o recuo é de 28%.

Outro indicador que apontou redução foi o de letalidade violenta, que inclui os crimes de homicídio doloso, roubo seguido de morte, lesão corporal seguido de morte e morte por intervenção de agente do Estado. Foram 492 em abril de 2019, enquanto no mesmo mês do ano passado eram 593 vítimas. Na comparação de fevereiro a abril, a queda ficou em 19%.

Os roubos seguidos de morte, que são os casos de latrocínio, também tiveram recuo. Em abril deste ano houve 11 vítimas em abril, três a menos do que no mesmo mês em 2018. Na comparação trimestral, a queda ficou em 45%.

Cargas e veículos

A tendência de redução permaneceu também nos crimes contra o patrimônio como roubos de cargas e de veículos. Em abril de 2019, foram roubadas no estado 667 cargas. O resultado indica queda de 25%, se comparado com o mesmo período de 2018. Já na comparação trimestral - de fevereiro a abril -, a queda é de 24%. Os casos de roubos de veículos tiveram 3.755 registros, uma queda de 19% no mês passado em relação ao mesmo período de 2018. Em 2018 foram 4.656, mas na comparação trimestral, a queda ficou em 25%.

Os roubos de rua, que juntam os números de roubo a transeunte, roubo em coletivo e roubo de aparelho celular, alcançaram 11.067, que significa estabilidade na comparação de abril deste ano com o mesmo mês de 2018, mas em relação a março deste ano houve queda de 7%.

A maior diminuição em roubo de carga na comparação trimestral de fevereiro, março e abril de 2019, com igual período de 2018, foi registrada na Área Integrada de Segurança Pública (AISP) 16, no bairro de Olaria e adjacências. A maior queda em letalidade violenta e roubo de veículo foi na AISP 20, em Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis, na Baixada Fluminense. Já a AISP 12, região de Niterói e Maricá, foi a que apresentou a maior redução de roubo de rua no estado.

O ISP informou que os dados são referentes aos Registros de Ocorrência (RO) lavrados nas delegacias de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro durante o mês de abril.

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